Ele acredita que Cultura é toda a manifestação que nos desperta o pensamento, dá uma forte sacudida no indivíduo, provoca uma sensação que nos faz sair um pouco do cotidiano – inclusive, da zona de conforto. E cita, logo de cara, uma frase do grande poeta Ferreira Gullar, já falecido, que virou uma sentença e entrou direto para a posteridade: “A arte existe porque a vida não basta”.
Mesmo que tenha assumido a Secretaria Municipal da Cultura em um momento não muito apropriado em função do Covid-19, o publicitário Marcelo Corá trabalha, desde já, na quarentena, para que quando a vida voltar ao normal tenha estabelecido certas prioridades. “Estamos montando um cenário possível dentro desse momento em que vivemos. Não sabemos quanto tempo irá perdurar a restrição para aglomeração de pessoas, e muitos dos projetos só fazem sentido onde há público.”
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Corá disse ter a absoluta certeza de que ao longo do segundo semestre deste ano “a cultura poderá dar mais as caras, como se diz. Temos ótimos projetos que já estão em andamento e irão se repetir. E novos também virão, a comunidade pode ficar certa disso.” O secretário disse que tem com o chefe, o prefeito Telmo Kirst, uma relação de absoluta admiração. “Além de excelente gestor, é um visionário. Vamos falar e ouvir falar do seu governo por muitos e muitos anos. Ele teve a sensibilidade, por exemplo, de colocar no setor cultural a representatividade que merece.”
Marcelo Corá se identifica totalmente com a secretaria, criada há pouco mais de um ano, e que teve Edemilson Severo como primeiro titular. “Somos um bebê que nasceu serelepe”, brinca o novo gestor referindo-se a tudo o que foi feito até agora, nesse curto período, incluindo a readequação dos espaços para o melhor desempenho das atividades. “Mas a caminhada continua. A secretaria vai estar em constante movimento.”
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A identificação, segundo ele, vem ainda dos bancos escolares. Estudou no Educar-se, escola conhecida justamente por seus preceitos de cultura e liberdade, e foi aluno da primeira turma de Publicidade e Propaganda da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Entre os seus feitos históricos está a participação na organização do Woodstock Milenar (ao lado da dupla Marco e Bromil), o programa Papagaiada (na Gazeta FM) e uma efetiva presença nos vocais da mítica banda de rock local Tumulto Alemão.
E também tem algumas horas de voo (o pai era comandante internacional da Varig). Nasceu em Porto Alegre, morou no Rio de Janeiro, em São Paulo, voltou para Porto Alegre e por fim, há 30 anos, estabeleceu-se em Santa Cruz. Casou, tem um casal de filhos (a Laura e o Lucca) e grandes amigos. “Aqui é a minha vida, a minha cidade. Viver aqui é bom demais”, diverte-se ele, parafraseando o slogan do Executivo. “É um lugar muito especial, temos de tudo com qualidade e valores justos, a segurança e a qualidade de vida são inegáveis. Faço da interação com as pessoas o meu lazer e divertimento. A cada ano, as opções de lazer e cultura aumentam. Vamos continuar trabalhando para isso. A iniciativa privada é muito presente também, nesse sentido.”
Muito a fazer
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O secretário da Cultura, Marcelo Corá, disse que tem muito a fazer junto à comunidade, desde oficinas nas mais diferentes áreas trabalhando com cursos e aprendizado, até descobrir talentos “e ajudar aquele artista escondido na sua garagem. Fazer a cultura chegar ao maior numero de pessoas, levar para os bairros, trazer dos bairros, ser ali a porta segura para uma ampliação do que está sendo feito e que muitas vezes não aparece ou não se mostra representativo”. Ele acredita no diálogo com as setoriais da Cultura (CMC). “Só assim podemos, em sinergia, potencializar projetos.”
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