O governo do Estado deve anunciar hoje se vai repetir a fórmula que, associada a outros fatores, desencadeou a maior greve dos últimos tempos: o parcelamento de salários. A decisão vai ser conhecida justamente no dia em que 22 matérias estão aptas para análise na Assembleia Legislativa (AL), dentre elas o projeto que propõe a redução no enquadramento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs), que já tranca a pauta de votação.
A Secretaria da Fazenda vai seguir monitorando o ingresso de recursos nos cofres do Estado e, a partir daí, será definido se de fato ocorrerá o parcelamento dos salários de outubro. Os vencimentos de setembro, de acordo com o governo, foram pagos em dia graças à ampliação no limite de saques dos depósitos judiciais. A possibilidade de um novo fatiamento dos salários põe os servidores em alerta. Novas paralisações ou redução de serviços não estão descartadas.
O líder da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf) na região, João Altair Kroth, diz que o funcionalismo está atento às manobras do governo e afirma que novas reações – nos meses anteriores, os policiais militares fizeram a chamada operação-padrão – vão depender do que o Estado decidir. “Tudo depende do governo, de valorizar ou não os PMs”, observa. E lembra o forte trabalho dos militares nos últimos dias, por conta dos temporais que levaram prejuízos a todo o Rio Grande do Sul.
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