O recém-empossado ministro do Planejamento, Valdir Simão, defendeu nesta segunda-feira, 21, que o governo pague integralmente a dívida que tem com bancos públicos pelas chamadas pedaladas fiscais, passivo avaliado em R$ 57 bilhões. O ministro afirmou que a Junta Orçamentária do governo está discutindo a questão desde o fim de semana e deve apresentar uma decisão sobre a forma de pagamento ainda nesta semana.
O atraso nos repasses de recursos para bancos públicos para o pagamento de programas sociais e de subsídios ficou conhecido como pedalada fiscal e foi um dos elementos para a reprovação das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff pelo TCU (Tribunal de Contas da União). “Vamos fazer o que for possível para pagar ainda neste ano. É lógico que esta é uma decisão que ainda cabe à Junta Orçamentária, vamos fazer essa discussão até o fim do ano. Eu pessoalmente defendo que nós façamos o pagamento daquilo que for possível para virar de vez essa página e superar esta agenda”, disse Simão após a cerimônia.
O ministro foi empossado em uma rápida cerimônia no Palácio do Planalto nesta tarde. O ministro Nelson Barbosa também tomou posse no comando do Ministério da Fazenda. Ele assume o cargo no lugar de Joaquim Levy.
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Diante das dificuldades do governo em quitar a dívida, Simão afirmou, no entanto, que se não for possível pagar tudo, o governo deveria pagar o maior valor possível. “Estamos [integrantes da Junta Orçamentária] conversando desde o final de semana para entender os números, ver quais são os espaços. E nos próximos dois ou três dias certamente teremos uma decisão sobre isso”, disse.