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Novo ministro da Justiça troca comando da Polícia Federal

Anderson Torres foi Ministro da Justiça e Segurança Pública | Foto: Divulgação

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, escolheu o delegado Paulo Maiurino como novo diretor-geral da Polícia Federal. Ele substituirá o atual chefe da corporação, Rolando Souza. Com a mudança, a PF terá o terceiro chefe em apenas dois anos e três meses de governo.

O delegado Paulo Maiurino atuou no ano passado como secretário de Segurança do Supremo Tribunal Federal, na gestão Dias Toffoli. Antes, trabalhou no governo de São Paulo como secretário de Esporte, Lazer e Juventude, na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). O novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal será Silvinei Vasques.

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O primeiro discurso de Torres no cargo, nesta terça-feira, 6, já foi afinado com o presidente Jair Bolsonaro. Ao tomar posse em cerimônia fechada, sem transmissão ao vivo, o titular da Justiça defendeu a presença da “força da segurança pública” para assegurar “um ir e vir sereno e pacífico”.

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O pronunciamento de Torres foi feito justamente no momento em que Bolsonaro trava uma disputa com governadores e prefeitos sobre medidas de isolamento social para combater a disseminação de Covid-19. O presidente chegou a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decretos de toque de recolher editados por governadores do Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul, mas não obteve êxito.

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“Neste momento, a força da segurança pública tem que se fazer presente, garantindo a todos um ir e vir sereno e pacífico. Contem com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para dar esta tranquilidade”, afirmou Torres, que também destacou o combate ao crime organizado como uma de suas prioridades.

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A Polícia Federal é subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em recente conversa com o presidente, Torres disse a ele que o enfrentamento à pandemia também terá o olhar atento da corporação.

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No início da gestão de Bolsonaro, a PF era comandada pelo delegado Maurício Valeixo, indicado pelo então ministro Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato. Bolsonaro reclamava da atuação de Valeixo e exigiu sua cabeça. Moro pediu demissão, alegando interferência política. Mas desde que Rolando de Souza assumiu como diretor-geral, em maio do ano passado, a PF abriu outros inquéritos que incomodaram o Palácio do Planalto.

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O mais recente deles, iniciado em março, investiga negócios envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente. O objetivo da Procuradoria da República no Distrito Federal é saber se houve crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro praticados por um grupo empresarial do setor de mineração e o filho de Bolsonaro.

Os três filhos políticos do presidente também são alvo da PF. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) é acusado de comandar um esquema de rachadinha quando era deputado no Rio. O esquema, que também abrigaria funcionários fantasmas, seria usado, ainda, pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está na mira de inquérito do STF que investiga a propagação de fake news contra ministros da Corte e o financiamento de atos antidemocráticos.

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