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Novo goleiro do Grêmio, Tiago Volpi tem ligações com Santa Cruz do Sul

Tiago Volpi deve ser anunciado pelo Grêmio em breve

Após a saída de Agustín Marchesín para o Boca Juniors, o Grêmio anunciou nesta segunda-feira, 27, o seu novo goleiro para 2025: Tiago Volpi. O atleta de 34 anos está deixando o Toluca, do México, onde atuava desde 2022. Com a volta ao Brasil, ele estará mais próximo de suas origens. Mesmo sendo natural de Blumenau, em Santa Catarina, Volpi possui fortes laços com Santa Cruz do Sul, onde passou alguns anos de sua vida.

A mudança de uma terra da Oktoberfest para a outra aconteceu quando Volpi tinha apenas 12 anos. Seu pai, Laudir, iria trabalhar em uma empresa fumageira de Santa Cruz do Sul. Por aqui, o goleiro deu passos importantes rumo à sua carreira no futebol profissional – acumulou passagem pelas categorias de base dos dois clubes da cidade, Avenida e Santa Cruz.

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Acontece que, antes de desembarcar em Santa Cruz, enquanto atuava pelas escolinhas de futebol de Santa Catarina, Volpi jogava como lateral-esquerdo. No entanto, frequentemente era expulso por colocar a mão na bola. Com isso, seus pais sugeriram uma mudança de posição: foi assim que Tiago Volpi virou goleiro.

Sua aptidão para ficar debaixo das traves também se mostrou clara logo que veio ao Rio Grande do Sul. Em entrevista à ESPN em 2016, Volpi revelou que tomou conta da meta desde seu primeiro dia de aula após ter se mudado para Santa Cruz do Sul. “Primeiro dia de aula me chamaram para jogar e faltou goleiro. Como eu tinha acabado de chegar e queria me enturmar, fui para o gol. Fui tão bem que depois pediram para fazer teste no Avenida”, conta.

Ligações familiares

Por mais que seus pais tenham voltado a Blumenau há anos, o atleta mantém ligações com Santa Cruz do Sul que vão além do futebol. Foi na cidade gaúcha onde Tiago Volpi conheceu sua esposa, Ana Paula, com quem segue junto até hoje. Inclusive, o casamento de ambos foi celebrado no principal cartão-postal do município, a Catedral São João Batista.

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Tiago Volpi e Ana Paula celebraram seu casamento na Catedral São João Batista | Foto: Eugenio Barreto

As questões familiares pesaram na decisão de voltar ao Brasil, onde estaria mais perto dos parentes da esposa. Em entrevista coletiva concedida na sexta-feira, 24, Volpi explicou que sua saída do Toluca se deveu à perda de sua sogra, dona Maria Muzykant Kühn, em setembro de 2024. “Eu sei que a saída pega de surpresa muitas pessoas, da torcida e muita gente do clube que talvez não sabia de algumas coisas que estavam acontecendo na minha vida pessoal. No fim do ano passado tivemos uma perda familiar da família da minha esposa e desde então as coisas na nossa parte familiar não andavam tão bem. Minha esposa perdeu a mãe, o pai ficou sozinho lá no Brasil e estava difícil ficar aqui com o que passou”, revelou.

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“Alto profissionalismo”

Em 2005, Tiago Volpi chegou à base do Futebol Clube Santa Cruz. Pelo Galo, passou pelas equipes do sub-15 e do juvenil. Seu treinador na época, Deive Bandeira conta que, desde jovem, o goleiro chamava a atenção pela sua dedicação nos treinamentos e preocupação em evoluir. “Desde aquela época, ele era muito acima da média no que diz respeito ao profissionalismo, concentração e foco, mesmo sendo uma idade em que muitos jovens oscilam com relação a isso”, resume.

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Bandeira, que após deixar o Galo trabalhou por anos no Internacional e hoje atua como diretor de negociação de jogadores na Eagle Football Holding, empresa de John Textor, dono do Botafogo, diz que a trajetória de sucesso que Volpi construiu no futebol brasileiro e mexicano já era esperada. “Para quem trabalhou com ele naquela época, tendo em vista o nível técnico e a taxa de trabalho dele, não é surpresa que ele tenha atingido na carreira o nível que atingiu”, destaca.

Coincidentemente ou não, o goleiro não foi o único atleta daquela geração da base carijó que atingiu destaque na carreira profissional. Também faziam parte daquele mesmo elenco o atacante Pedro Henrique Konzen, com passagem recente pelo Internacional e hoje no Ceará; e o zagueiro Claudinho, que está no Retrô (PE), da Série C, onde é colega de equipe do primo de Tiago, o também goleiro Fabian Volpi.

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Depois de sua passagem pelo Santa Cruz, Volpi se transferiu para o São José, de Porto Alegre. Após um período no Fluminense (RJ), retornou ao Zequinha, onde estreou como profissional em 2010. De lá, ainda foi emprestado ao Luverdense (MT) em 2011. Após o Gauchão de 2012, aos 21 anos, foi contratado pelo Figueirense (SC).

Na equipe catarinense, ganhou o carinho da torcida e fez 88 jogos antes de ser vendido ao Querétaro, do México, no fim de 2014, onde jogou junto a Ronaldinho Gaúcho. Ficou quatro anos nos Gallos Blancos, com status de ídolo e somando 157 partidas. De lá, voltou ao Brasil no início de 2019, sendo emprestado ao São Paulo. Um ano depois, foi contratado em definitivo pelo Tricolor Paulista, onde permaneceu até a metade de 2022.

Após deixar o São Paulo, retornou ao México para jogar pelo Toluca, seu último clube antes do Grêmio. Nessa última equipe, ganhou status de “goleiro artilheiro”: foram 15 gols marcados, todos eles em cobranças de pênalti.

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Ajuda ao Galo

Mesmo que a passagem de Tiago Volpi pelo Galo tenha se encerrado há quase 20 anos, a sua carreira de sucesso seguiu gerando bons frutos ao clube santa-cruzense. Por meio do mecanismo de solidariedade da Fifa, uma porcentagem do valor das transições envolvendo o atleta é destinada ao seu clube formador.

Um exemplo disso ocorreu entre 2019 e 2020, quando o goleiro foi contratado em definitivo pelo São Paulo. O Tricolor Paulista pagou US$ 5 milhões (cerca de R$ 21 milhões na cotação da época) pelo jogador. Mesmo que fosse uma parcela relativamente pequena, o montante que acabou sendo destinado ao Santa Cruz foi fundamental para a montagem do time que se sagraria campeão da Copa FGF em 2020 e da Série B do Campeonato Gaúcho em 2021.

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“Nessa negociação com o São Paulo, recebemos em torno de R$ 100 mil, que foi o valor imprescindível que recebemos em um momento de pandemia e decisivo para disputarmos a Copa FGF em 2020”, destaca o presidente do Galo, Tiago Rech. Além disso, o clube também foi beneficiado na venda do goleiro ao Querétaro, entre 2014 e 2015.

Em 2021, durante uma passagem por Santa Cruz do Sul, Volpi aproveitou para fazer uma visita ao FC Santa Cruz. Na ocasião, recebeu das mãos de seu xará Rech um presente como forma de agradecimento pelo valor que o clube recebeu na sua negociação: a camisa 1 personalizada com o seu nome.

Tiago Volpi recebeu a camisa 1 do Galo das mãos do presidente Tiago Rech | Foto: FC Santa Cruz

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