O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto Neto, quer encontrar um termo conciliatório entre os clubes que criaram a Primeira Liga e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a fim de que o novo torneio regional do país, que se inicia nesta quarta-feira, 27, com equipes dos três Estados do Sul, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, tenha sequência neste ano. Na última segunda, 25, a CBF resolveu proibir a realização da competição em 2016 e tentar um entendimento para incluir a Primeira Liga no calendário nacional a partir de 2017. Os clubes reagiram e confirmaram o começo do torneio para esta quarta e quinta.
Novelletto almoçou com os presidentes do Internacional, Vitorio Piffero, e do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, nesta terça. A ideia dele é manter os jogos da primeira rodada nesta quarta e na quinta, ficando dentro do período de amistosos determinado pela CBF e que vai até o próximo sábado, 30. A segunda rodada, pela sugestão de Novelletto, seria jogada nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando os campeonatos param em função do Carnaval. A terceira volta e as fases finais da Primeira Liga seriam entre 3 e 26 de junho, durante a parada dos certames nacionais para a Copa América Centenária, que será nos Estados Unidos.
De acordo com o dirigente do futebol gaúcho, os cartolas dos clubes acenaram com o aceite da sua proposta. “A princípio, gostaram da ideia, mas eles precisam levar para os demais clubes da liga para ser votado em assembleia”, ponderou Novelletto, que levou a mesma sugestão para a CBF. “É ruim para todos nós o enfrentamento. O melhor é um bom acerto. Eu passei a ideia para a CBF também. Eles são duros na queda, mas pedi para refletirem, que todos sairão ganhando”, argumentou o presidente da Federação Gaúcha.
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Novelletto liberou o quadro de árbitros da FGF para a primeira rodada da Primeira Liga, mas negou para as rodadas seguintes, a fim de não sofrer sanções da entidade máxima do futebol nacional. “Só para amanhã (quarta-feira), a não ser que saia um acordão. Não posso desacatar normas impostas pela CBF. Disse aos dois presidentes que, infelizmente, não posso dar apoio por uma questão de hierarquia”, explicou.