O Ministério da Saúde confirmou na tarde desta quarta-feira, 29, que, desde a semana passada, recebeu 33 notificações sobre pacientes com sintomas compatíveis com infecção por coronavírus. Dessas, 24 foram descartadas. O Rio Grande do Sul já notificou cinco casos, todos descartados.
Os nove casos que seguem sob investigação no no Brasil são de pacientes no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Santa Catarina (dois), em São Paulo (três), um no Paraná e um no Ceará. Não há, até agora, nenhum caso confirmado da doença no país.
Até a noite desta terça-feira, eram três os casos suspeitos no país, sendo um deles no Rio Grande do Sul. Um morador da China visitava familiares em São Leopoldo quando procurou atendimento. A Prefeitura do município do Vale do Rio dos Sinos informou no início da tarde desta quarta que o paciente tem, na verdade, Gripe H1N1.
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Em nota, a Prefeitura de São Leopoldo, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou que está em alerta e aguarda a manifestação do Governo do Estado, já que outras cidades da região também apresentam casos suspeitos.
Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 29, o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo Reis explicou que o país ainda não está em grau máximo de alerta. Conforme ele, isso só deve ocorrer quando houver casos confirmados. “Qualquer pessoa que vem da China e apresenta os sintomas é considerado suspeito”, disse. Ele orienta que as empresas devem evitar negociação com chineses no Brasil nesse período.
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Estado, Anvisa e Fraport
Representantes da Secretaria Estadual da Saúde estiveram nesta quarta-feira, 29, com integrantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fraport Brasil, administradora do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O objetivo foi alinhar ações de identificação e fluxos sobre possíveis casos suspeitos de coronavírus que entrem no Rio Grande do Sul por via aérea.
O plano de contingência prevê que, se for identificado – seja em terra ou durante o voo – um caso que se enquadre no critério de suspeito, as autoridades médicas (Anvisa, município e Estado) devem ser notificadas para a definição da medida a ser tomada. Para quadros de pacientes com sintomas leves, o aeroporto conta com posto médico com condição de isolamento e, dependendo da gravidade, a pessoa pode ser encaminhada para atendimento em um serviço médico.
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As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas já foi identificada a disseminação de pessoa para pessoa. O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que aparecem os primeiros sintomas. Ainda não está claro com que facilidade o vírus se propaga. Apesar disso, a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro ou tosse.
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