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Nove municípios do Vale do Rio Pardo correm risco de ser extintos

Se passar no Congresso Nacional a proposta de emenda constitucional (PEC) que abre caminho para a extinção de municípios com menos de 5 mil habitantes, nada menos do que nove localidades do Vale do Rio Pardo poderão ser incorporadas por outras cidades.

São elas: Cerro Branco (4.676 habitantes em 2018), Estrela Velha (3.660), Gramado Xavier (4.297), Herveiras (3.018), Ibarama (4.412), Lagoa Bonita do Sul (2.884), Mato Leitão (4.456), Tunas (4.560) e Vale Verde (3.479). Em todo o Rio Grande do Sul, são mais de 220.

A PEC, porém, prevê que só seriam incorporados municípios cuja arrecadação própria com impostos não chega a 10% da receita total. A proposta, uma das mais polêmicas do pacotão de medidas anunciadas nessa terça-feira, 5, afetaria quase a metade dos municípios gaúchos.

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Conforme a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o estado tem 231 municípios com a população limite, inferior a 5 mil habitantes. Deste número, segundo a entidade, 226 teriam a receita própria menor do 10% do total, considerando os tributos ITBI, IPTU e ISSQN, além de taxas e contribuições de melhoria.

Todos estes municípios, incluindo os da região, seriam incorporados por outras cidades vizinhas. Considerando que há 497 cidades no Rio Grande do Sul, 45,5% delas seriam extintas. A comprovação de renda superior a 10% deve ser feita até 30 de junho de 2023 e, como referência, deverá ser utilizado o censo de 2020. Conforme a proposta do governo federal, até três municípios poderiam ser incorporados a uma cidade de referência.

De acordo com a Famurs, dos 231 municípios com população inferior a 5 mil habitantes, apenas Capivari do Sul, Monte Belo do Sul, Coxilha, São João Polêsine e Arambaré conseguem gerar mais de 10% com receitas próprias. Assim, todos os nove municípios do Vale do Rio Pardo com menos de 5 mil habitantes precisariam ser incorporados.

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LEIA MAIS: Plano quer mudar a lógica de gastos públicos no país

A PROPOSTA

A menos de dois meses do fim do ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou um pacote ambicioso de reformas para tentar resolver os problemas estruturais das contas públicas e abrir caminho para um crescimento mais forte da economia.

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O conjunto de propostas prevê várias frentes, mas terá de enfrentar a artilharia do Congresso, geralmente sensível ao lobby das corporações. O plano muda a lógica do gasto público, com a descentralização de recursos para estados e municípios, desobrigação de gastos e medidas de ajuste focadas no servidor público.

Batizado de Plano Mais Brasil, o pacotão de medidas do governo foi entregue ao Senado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, ao lado de Guedes. São três propostas de emenda à Constituição (PECs) que procuram promover uma completa “transformação” do modo de o Estado operar os seus gastos. Para aprovar as medidas, são necessários 308 votos, na Câmara, e 49 votos, no Senado, em dois turnos.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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