Educação

Novas escolas, concurso público e reformas: o que esperar da educação em Santa Cruz no ano que vem

O ano letivo municipal encerrou-se na última sexta-feira, 22, em Santa Cruz do Sul. Nesse período, a Secretaria de Educação precisou gerenciar diferentes situações. Falta de vagas, chamamento de professores, início da regularização do Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI) e obras foram os destaques do ano. Quatro novas escolas e um concurso público serão prioridades em 2024.

Atualmente, a rede municipal de ensino conta com 11 mil alunos. Conforme o secretário de Educação, Wagner Machado, o fim de ano é o momento de colocar as atividades desenvolvidas na balança. “Foi difícil, pois iniciamos as aulas com a falta de 214 professores. Com isso, tivemos que acelerar ao máximo a nomeação de outros educadores. Isso aconteceu em virtude do desligamento de aposentados.” A demanda por professores foi suprida em outubro.

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A máquina da educação de Santa Cruz conta com 1.752 servidores, sendo 800 professores. Entre os destaques de aprendizagem estão as aulas de robótica e a mostra pedagógica, realizadas ao longo do ano. “Foi importante para os alunos trabalharem em grupo e aprenderem a conviver com outras pessoas”, afirma Machado. Ele vai deixar a pasta em abril para concorrer às eleições municipais, como vereador.

O setor também teve que lidar com o problema de falta de vagas. Conforme o secretário, atualmente 61 crianças estão na fila. “Vamos iniciar o próximo ano com uma das menores demandas. A construção das Emeis [escolas municipais de Educação Infantil] Progresso e Mãe de Deus foi fundamental para diminuir esse número.”

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Já projetando 2024, ele adianta que um novo concurso público, específico para professores, será realizado nos primeiros meses do ano. “Ainda temos um concurso vigente até junho. Este novo vai ser para profissionais atuarem 40 horas”, disse. Apesar disso, podem faltar educadores no início do ano letivo. “Serão faltas pontuais que não devem ser sentidas nas escolas, já que existem as convocações e este concurso está prestes a acontecer. Queremos sanar o problema da falta de professores até 2025”, afirma.

Novas escolas serão construídas para atender à demanda

O aumento populacional de Santa Cruz e o surgimento de novas áreas residenciais resultaram em novas demandas por serviços públicos. Essas necessidades também se refletem na educação. Com isso, quatro escolas serão construídas. Todas já estão com os projetos encaminhados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. “Mapeamos alguns lugares que mais deverão ter demanda”, disse o secretário Wagner Machado. O retorno da análise dos projetos, por parte do governo, deve ocorrer em fevereiro.

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Está prevista uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) no antigo Santuário de Schoenstatt – onde já há a Emei Mãe de Deus; construção da Emei Santa Maria II, no Loteamento Santa Maria II; reconstrução da Emei Vovô Albino, no Bairro Santa Vitória; e construção da Emef Aliança, no Bairro Aliança. As estruturas devem atender 400 crianças cada.

“No Santuário, com a duplicação da BR-471, busca-se dar mais segurança para as famílias com uma escola do lado dos loteamentos, e no Santa Maria já há quatro lotes separados para a construção da escola”, explicou o secretário. A Vovô Albino é a única instituição com estrutura mista – madeira e alvenaria; por isso, será reconstruída visando a segurança e a qualidade do ambiente.

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A Emei Aliança também terá que ser reconstruída, em virtude de problemas de drenagem no solo. O local foi interditado em setembro deste ano, e as ​​41 crianças da pré-escola, de 4 e 5 anos, passaram a ser atendidas pela Escola de Educação Infantil Sildo Paulo Goettert. Conforme Wagner, o prédio recém-inaugurado poderá ser usado. “O restante da outra estrutura terá que ser todo reconstruído. Estamos esperando as análises.” O custo estimado da obra é de R$ 13 milhões.

Outras obras que estão em andamento são a construção da Emei de Linha João Alves, com previsão de conclusão do serviço para setembro, e a reforma e ampliação da Emef Willy Carlos Froehlich, de Linha Santa Cruz, que deve ser entregue em dezembro de 2024.

Uma das escolas que deve ser entregue no próximo ano é a Emei de Linha João Alves | Foto: Agência InvistanaSuaImagem

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Obras para 2024

  • Substituição de telhado e reforma na Emef Christiano Smidt – R$ 1,5 milhão
  • Muro, reforma da cozinha e cobertura de pátio da Emef Duque de Caxias – R$ 357 mil
  • Reforma parcial da Emef Menino Deus – R$ 224 mil
  • Ampliação da cobertura da Emei Beija-Flor – R$ 16 mil
  • Ampliação da cobertura da Emef Felipe Becker – R$ 245 mil
  • Construção da Emei Vovô Albino – R$ 3,9 milhões
  • Construção da Emei Santa Maria II – R$ 4,1 milhões
  • Construção da Emef Mãe de Deus – R$ 13 milhões
  • Construção da Emef Aliança – R$ 13 milhões
  • Construção de garagem na Central de Almoxarifado, Transporte e Infraestrutura Escolar – R$ 460 mil

Duas emeis terão atendimento durante as férias

Como já ocorreu em outros anos, duas emeis estarão abertas, de 15 de janeiro a 13 de fevereiro, para atender crianças até 3 anos. Conforme a chefe da Divisão Administrativa e Pedagógica das emeis e conveniadas, Niqueli Streck Machado, já há uma organização na secretaria para receber os pais que cadastraram seus filhos. Estarão de plantão no período as Emeis Raio de Sol e Sonho de Criança. “Desde o início do ano, os pais sabem que terá esse serviço, e as próprias diretorias fazem essa organização das inscrições”, disse.

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Regularização do PPCI

A expectativa da Secretaria de Educação é de que em 2024 todas as escolas municipais estejam com o PPCI regularizado. Os 32 projetos encaminhados para a análise do Corpo de Bombeiros devem entrar em licitação nos próximos dias. Os serviços focarão a alteração de portas e instalação de sinalização, hidrante, extintores e outros. “Temos orçamento de quase R$ 1 milhão garantido para isso”, afirma Machado. Serão investidos R$ 500 mil nas emefs e R$ 300 mil nas emeis que já contam com prédios regularizados.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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