Agronegócio

Nova rodada de reuniões sobre o preço do tabaco termina sem acordos; veja as propostas

Mais uma rodada de reuniões de negociação de preço do tabaco para a safra 2023/2024 ocorreu na tarde dessa quinta-feira, 25, sem avanços. Três empresas foram recebidas pela comissão representativa dos fumicultores. Com nenhuma delas foi firmado protocolo, apesar de as entidades terem reconsiderado a proposta inicial da variação do custo de produção de cada empresa mais cinco pontos percentuais, como reajuste dos valores das tabelas de preços mínimos.

A comissão lamentou que, mais uma vez, as reuniões terminam com notícias negativas. “A comissão representativa dos produtores não reconhece a tabela de empresa que não concede reajuste de, no mínimo, variação do custo de produção. As empresas, ao não repor nem a variação do custo de produção da safra, demonstram não ter comprometimento com seu produtor integrado”, enfatizaram os representantes no comunicado após os encontros. “Para assinar protocolo somente com a reposição do custo de produção mais um percentual de lucratividade, conforme proposta realizada”, acrescentam.

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Até agora houve acordo apenas com a JTI, com a assinatura do protocolo no dia 15 de janeiro, durante a segunda rodada de negociação do preço. As entidades e a empresa firmaram o reajuste de 8%, de forma linear, na tabela de preço do Virgínia, valendo para a safra 2023/2024. Com isso, o valor do quilo do BO1 passará para R$ 22,46. A variação do custo de produção apurado do Virgínia foi de 5,06%.

Com a proposta da JTI, o produtor recebe um ganho real de 2,94%. Já para o Burley, cuja variação do custo apurado é de -1,77%, firmou-se acordo de um reajuste de 6,56%, não linear, em razão da criação de um plus em quatro classes que valorizam o tabaco de alta qualidade. Com a proposta, o produtor receberá um ganho real de 8,33%. O valor do B1 do Burley passa a valer R$ 20,01.

A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

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Propostas

  • Universal Leaf
    Variação do custo de produção Virgínia: 6,31%
    Variação do custo de produção Burley: -2,11%
    Proposta de reajuste de 6,31%, para Virgínia, com a diferenciação para as classes CO1 + 7,26%, BO1 + 7,40% (R$ 21,05 o kg), TO1 + 8,00% e TO2 + 7,60%
    Proposta de reajuste de 6,31%, para Burley com diferenciação para as classes X1 + 11,85%, C1 + 9,25%, C2 + 10,78%, B1 + 7,87% e T1 + 10,97%
    Contraproposta da Comissão para o Virgínia: 6,31% mais 2,94 pontos percentuais
  • Premium
    Variação do custo de produção Virgínia: 6,46%
    Variação do custo de produção Burley: 1,81%
    Proposta de reajuste de 6,50% para as duas variedades
    Contraproposta da Comissão para o Virgínia: 6,46% mais 2,94 pontos percentuais
  • BAT
    Variação do custo de produção Virgínia: 7,55%
    Proposta de reajuste de 7,55% mais 1 ponto percentual
    Contraproposta da Comissão: 7,55% mais 2,94 pontos percentuais

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Guilherme Bica

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