Após quase dois anos do fim da obrigatoriedade do uso de máscaras e da diminuição dos casos de Covid-19 no Brasil, a doença voltou a preocupar a população. O período de férias e as festas de Carnaval contribuíram para as aglomerações nas últimas semanas, o que favoreceu a circulação viral. Por isso, está sendo cada vez mais comum ver pessoas utilizando máscaras, em caso de sintomas respiratórios, e o álcool em gel como medida protetiva para a saúde.
No início da semana, a Secretaria Municipal de Saúde atualizou os dados sobre a Covid-19 em Santa Cruz do Sul. Segundo o balanço mais recente, 50 casos confirmados estão em tratamento domiciliar e outros 16 ainda eram considerados suspeitos. Há apenas uma internação no município, de um cidadão que não reside em Santa Cruz. Ainda conforme a pasta, a situação segue estável. Até o momento, considerando o período crítico da pandemia, foram 50.974 mil casos confirmados, 50.509 pacientes curados e 420 óbitos.
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O médico infectologista Eduardo Sonda afirma que foi possível perceber um aumento de casos da doença, principalmente nas primeiras semanas de dezembro de 2023 e em fevereiro deste ano. “Novamente estamos vendo essa curva porque estamos em um período que favorece a disseminação do vírus”, aponta. Sobre a utilização de máscaras diante de sintomas, Sonda elogia o hábito para evitar a propagação da doença. “Percebo isso no dia a dia e é uma ação que realmente precisa continuar.”
Além da diminuição dos positivados, outro aspecto que mudou do início da pandemia para cá foram os sintomas. Conforme Sonda, eles continuam iguais aos da gripe – fora a perda do paladar e o olfato – mas as variantes têm apresentado reações mais leves. “Não temos visto mais aqueles pacientes com falta de ar. São quadros mais brandos”, relata. Já no tratamento, a orientação é para que se busque atendimento médico. A melhor orientação dependerá dos sintomas e da gravidade do caso.
Médico reforça a importância da vacinação contra a Covid
Por meio de nota, a Vigilância Epidemiológica da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) afirmou que o Centro Estadual de Vigilância em Saúde segue monitorando as variantes do coronavírus em circulação no Estado. “As análises demonstram a continuidade da circulação de diferentes sublinhagens da variante Ômicron do Sars-CoV-2 no Rio Grande do Sul”, destaca o texto. Em razão disso, a importância da vacinação é ressaltada para reduzir os impactos da doença.
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Em Santa Cruz, quanto à cobertura vacinal monovalente, 87,95% da população recebeu as duas doses, 52,22% está com três doses e 15,8% com quatro. Eduardo Sonda frisa que o cenário da vacinação está insuficiente e sugere que há pelo menos três fatores para isso. O primeiro deles seria uma suposição que surgiu ainda na pandemia, em que a pessoa acha que está completamente imunizada para o resto da vida com duas doses ou mais. Além disso, existem os mitos em torno da vacina e o medo das reações colaterais. No entanto, a orientação é de que se mantenham os cuidados.
O infectologista explica que a vacina do coronavírus foi incluída no Programa Nacional de Imunizações e se tornou anual, assim como a da gripe (influenza). A população deve tomar uma dose do imunizante por ano, principalmente os pacientes de grupo de risco, como os idosos, pessoas com comorbidades e com a imunidade baixa. “Aquela história de ter esquema completo não vale mais. As vacinas feitas em anos anteriores já não contam hoje em dia”, reforçou.
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