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Nova ferramenta facilita obtenção de dados no Jacuí

Parece um pardal, mas não é. Desde novembro, uma Plataforma de Coleta de Dados (PCD) instalada no Rio Jacuí, em Rio Pardo, ajuda a monitorar um dos principais mananciais do Rio Grande do Sul. Conectado a uma estação da Agência Nacional de Águas (ANA) em operação desde 1939, o equipamento é operado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). O objetivo é coletar dados sobre nível do Jacuí e volume de chuvas. Os dados são públicos e estão disponíveis no site snirh.gov.br/hidroweb.

Segundo a engenheira hidróloga da CPRM, Márcia Pedrollo, o objetivo é modernizar a coleta de dados, já que o sistema anterior era rudimentar, com uso de uma régua. Agora, as atualizações passaram a ocorrer a cada 15 minutos. “Isso faz parte de um projeto da ANA, que está substituindo diversos sistemas de monitoramento. Será importante para a obtenção precisa de dados históricos, tanto em relação ao nível do rio como às médias pluviométricas. Outro ponto é o alerta antecipado para cheias, principalmente nos municípios rio abaixo”, explicou.

Durante a instalação do equipamento, uma das faixas na ponte sobre o Jacuí, na BR-471, precisou ser interditada. Alguns motoristas desconfiaram que seria um novo controlador eletrônico de velocidade. Nesta semana, técnicos realizaram trabalhos de reparos no sensor que faz a captação dos índices. “Foi uma verdadeira operação de guerra para nós”, brincou Márcia.

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Como funciona a estação

Uma estação típica da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) contém um posto fluviométrico e um posto pluviométrico. O posto fluviométrico é composto por uma seção de medição de vazão e por uma sequência de réguas linimétricas. A seção de medição é demarcada com placas de sinalização em ambas as margens. Embora existam algumas estações cujas réguas estejam referenciadas ao nível do mar, na maior parte delas as réguas estão niveladas segundo um nível de referência local. O posto pluviométrico é constituído de um pluviômetro, que fica abrigado dentro de um cercado de 2,5 x 2,5 metros, construído com madeira e tela de arame.

Diariamente, às 7 horas, uma pessoa – denominada “observador” – faz a leitura do nível d’água na régua e do volume de água acumulado no pluviômetro. Uma nova leitura é realizada às 17 horas. Os dados são registrados em uma caderneta. A cada três meses, uma equipe da entidade operadora passa para recolher as últimas folhas da caderneta. Essa mesma equipe é responsável pela manutenção da estação (nivelamento das réguas, substituição de estruturas danificadas, pintura do cercado, etc.) e executa uma medição de vazão, de qualidade de água e de sedimentos em suspensão. Nas estações que já foram modernizadas, além do citado acima, ainda estão incluídos sensores automáticos de chuva e de nível d’água ligados a uma plataforma de coleta de dados (PCD), com datalogger e sistema de transmissão. O cercado, nesses casos, passa a ser de 2,5 x 3,75 metros.

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