Uma das minhas tarefas semanais em casa é organizar o chamado “lixo seco” para ser recolhido pela empresa responsável em Santa Cruz do Sul. Na nossa região a coleta ocorre nas segundas-feiras, no início da manhã. Embora já faça isso há muito tempo, e considere mais um dever do que um incômodo, ainda me surpreendo com a quantidade de lixo que geramos.

Em qualquer compra que se faça, não importa os itens adquiridos, tudo é colocado em sacolas plásticas. Como ando de mochila, dispenso as sacolinhas sempre que possível. Mas isso não é tarefa fácil – em nome de ser prestativo, muitas vezes quem atende insiste em oferecer a embalagem.

Já ouvi que preocupações como essas, envolvendo sacolas e os famigerados canudos de plástico, são bobagens, considerando o pequeno tamanho. Mas quem diz isso não leva em conta, claro, que são “milhões” de sacolas e “milhões” de canudos. Para esses, talvez seja o caso de sugerir a leitura de algo divulgado ainda em 2020.

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Um estudo de um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciência Weizmann, de Israel, publicado em 9 de dezembro daquele ano na revista Nature, concluiu que em 2020 a massa total produzida pelo homem pode ter ultrapassado o peso de todas as coisas vivas da Terra.

Segundo texto da CNN Brasil, a conclusão dos pesquisadores considerou o peso de objetos de fabricação humana como concreto, agregados (incluindo materiais como cascalho), tijolos, asfalto, metais e “outros” – plástico, madeira usada para construção, papel e vidro. No caso da biomassa, conforme a notícia, os autores descobriram que as plantas representam a esmagadora maioria dos seres vivos (aproximadamente 90%). Depois vêm bactérias, fungos, arqueias unicelulares, protistas e animais. Os próprios humanos estão incluídos, bem como plantações e animais criados para alimentação.

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Isso escancara o peso – literalmente – que nós humanos temos no planeta, o quanto fizemos em um espaço tão pequeno de tempo e em que grau modificamos a Terra. Consumimos o mundo natural ou mesmo o destruímos, colocando nossa enorme infraestrutura no lugar. Em um momento em que há quem duvide de que o clima esteja mudando por nossa causa, isso poderia servir como um despertar para as questões ambientais?

Voltando à reciclagem, não há dúvida sobre o quanto ela é importante. Mas mais fundamental ainda é pensarmos em reduzir nosso consumo para produzir menos lixo. Para que sobre menos para reciclar e, no fim do dia – que é o momento que importa –, tenhamos contribuído para reduzir nosso peso no planeta.

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mauricio_goulart

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