Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

40 ANOS

Nomes que marcam e fazem a história da Rádio Gazeta

Na edição de 20 de maio de 1980, terça-feira, a Gazeta do Sul estampava em destaque na capa: “Ministro virá no dia 28 inaugurar a Rádio Gazeta”. A solenidade seria presidida no dia 28 de maio, uma quarta-feira, pelo ministro das Comunicações, coronel Haroldo Corrêa de Mattos, na companhia igualmente do então deputado federal Telmo Kirst. O estúdio ficava nos altos do Bazar Rex, atual prédio da Loja Taqi, na Rua Marechal Floriano. O governador do Estado, Amaral de Souza, e o dr. Nestor Jost, membro do Conselho Monetário Nacional e do Conselho de Administração do Banco do Brasil, estavam entre os convidados especiais, bem como deputados e autoridades de toda a região.

Finalmente, no dia 28 de maio de 1980, a manchete era “Ministro Haroldo de Mattos inaugura Rádio Gazeta hoje”. Viria acompanhado da esposa, Zaira Corrêa de Mattos, sendo recepcionados no Aeroporto Luiz Beck da Silva às 10h30, com solenidade de inauguração às 11 horas. Vários prefeitos se deslocariam a Santa Cruz para acompanhar o ato.

LEIA MAIS: Rádio Gazeta completa 40 anos nesta quinta

Publicidade

E toda a ampla repercussão daquela cerimônia estava estampada na edição da Gazeta do Sul de sábado, 31 de maio, sob a manchete “Ministro inaugura a Rádio Gazeta”. Após o descerramento da placa inaugural, pelo fundador da Gazeta Comunicações, jornalista Francisco J. Frantz, e pelo ministro Haroldo Corrêa de Mattos, todos seguiram para o almoço festivo no Clube União, organizado pela Associação Comercial, com a participação de mais de 250 pessoas.

O gerente da emissora, Ernani Aloísio Iser, fizera a saudação oficial ao ilustre visitante e à comitiva, ressaltando os ideais que norteariam a emissora. “Será o Sr. Francisco Frantz, decano dos jornalistas desta terra, nosso exemplo pessoal, e sua maneira de trabalho o norte de nossas atividades”, frisou. E ressaltou ainda a colaboração que o ex-deputado Norberto Schmidt, o deputado federal Telmo Kirst e o deputado estadual Silverius Kist haviam dispensado para a instalação. Em entrevista à Rádio Gazeta e à Gazeta do Sul, o ministro Haroldo Corrêa de Mattos destacava a importância da inauguração de novas emissoras, a exemplo da Gazeta, e a preocupação em “apoiar a imprensa e o rádio sadios, verdadeiros, que cumprem com o dever fundamental de noticiar a verdade.”

Uma grande conquista

Publicidade

A Rádio Gazeta foi uma conquista marcante para a história da Gazeta, define o diretor presidente da Gazeta Grupo de Comunicações, André Luís Jungblut. Ele recorda que, na época da concretização da emissora, em 1980, a Gazeta do Sul, o jornal pioneiro e principal veículo de comunicação da empresa, já circulava por quase 35 anos. “A rádio veio se somar como um braço muito forte de nosso grupo. Ela foi um grande sonho do nosso fundador, seu Francisco José Frantz, alimentado igualmente por toda a nossa entusiasmada equipe de então”, refere.

O diretor-presidente André Jungblut

E lembra que muitos dos colegas e profissionais da Gazeta marcaram sua história no radiojornalismo na região e no Estado. Alguns ainda hoje são colaboradores da empresa, e já estiveram engajados e envolvidos naqueles primórdios. “A rádio veio marcar o ingresso da Gazeta na radiodifusão, desde o início identificada com jornalismo e comunicação de qualidade, e com o forte envolvimento comunitário que a Gazeta sempre teve”, enfatiza. “E que, aliás, preserva, amplia e fortalece nos dias atuais, quando a nossa rádio pioneira completa seus 40 anos e a Gazeta acaba de comemorar seus 75 anos, em 26 de janeiro”. Jungblut refere que o pool de rádios da Gazeta hoje é composto por cinco emissoras, em Santa Cruz, Rio Pardo e Sobradinho.

LEIA MAIS: Rádio Gazeta comemora 40 anos com novidades

Publicidade

Muitos nomes fizeram essa história

Centenas de profissionais das mais diversas áreas do radiojornalismo passaram pelas equipes da Rádio Gazeta

A Rádio Gazeta FM 107,9, em seus 40 anos de história, contou com a energia, o profissionalismo e o entusiasmo de centenas de colaboradores, entre gestores, radialistas e equipe técnica e de apoio. Muitos deles, vários ainda na ativa, testemunharam os primórdios e até estiveram na inauguração. É o caso do jornalista e ex-diretor de rádios Flávio Falleiro, hoje diretor da Gazeta da Serra e das rádios de Sobradinho e Rio Pardo. Falleiro não só esteve presente como narrou ao vivo e com detalhes a visita do então ministro das Comunicações e o descerramento da placa de inauguração.

Ao lado dele estava, na época, o gerente da rádio, Ernani Aloísio Iser, juntamente com a equipe diretiva da Gazeta, seu Francisco José Frantz e André Luís Jungblut. Muitos outros jornalistas da casa já estavam na empresa: Benno Bernardo Kist, um dos sócios-fundadores da rádio; José Augusto Borowski, Fernando Wolf, ainda hoje responsável pela parte técnica; Luiz Henrique Kuhn; o jornalista Guido Ernani Kuhn, então editor-chefe da Gazeta do Sul; Rômulo Menegaz, comentarista e chefe da equipe de esportes; o locutor esportivo Norberto Frantz, que narrou a conquista do brasileiro de basquete da Pitt/Corinthians; João Fernando Vighi, comentarista esportivo de longa data; bem como Pepe, Rosemar Santos, Vianna, Ronaldo Falkenbach, Zenon Rosa, Aline Silva, Antonio Pereira dos Santos, Jairo Woiciekoski, Adriano Júnior, Cláudia Couto, André Schuch, Éder Soares, William Thiel, Mateus Machado e Danúbia Moura. “Temos um time de profissionais muito experientes, alguns há 40 anos conosco, aos quais une-se a energia da juventude, sintonizada com as mídias sociais e as ferramentas de interação na Redação Integrada da Gazeta”, define o gerente-executivo de rádios, Leandro Siqueira.

Publicidade

Luiz Henrique Kuhn, Ike: 40 anos de casa

Luiz Henrique Kuhn, o Ike, no programa Revista da Noite

“Quando, em agosto de 1979, ingressei na Gazeta do Sul, dois assuntos eram comentados com muito entusiasmo nos corredores. A moderna impressora off-set que estava chegando e a criação de uma rádio. A sonhada Rádio Gazeta. Tudo deu certo. A nova impressora impulsionou ainda mais a Gazeta do Sul e logo chegava a notícia da concessão da emissora. Foi uma alegria geral. Foi uma festa. Sob a batuta do meu querido e saudoso Ernani Aloísio Iser, a Rádio Gazeta AM deu seus primeiros passos, caindo de imediato no gosto do santa-cruzense e da região.

Lá estávamos nós. Desde o início. Produzimos e apresentamos programa diário de 15 minutos, entre o ótimo Som Brasil do Vighi e a Voz do Brasil. Depois, a Lojas Waechter patrocinou outro programa diário de 6 minutos, na faixa nobre, às 12h20. Tivemos alegria de participar de várias transmissões externas. As grandes coberturas de eleições são até hoje uma marca. A Rádio Gazeta além do jornalismo e do esporte, abria grandes espaços para as atividades sociais e culturais de Santa Cruz do Sul. A cobertura dos festivais do Leo Club, da rainha das piscinas do Vale do Rio Pardo e da rainha da Oktoberfest foram históricas.

Publicidade

Veio a Gazeta FM. Outra festa para todos nós. Lá fomos nós com nosso programa das 18h45. E depois o famoso Gazeta Revista, com duas horas de duração, informação e música de qualidade, aos sábados e depois aos domingos.Veio a sugestão de um programa noturno de entrevistas. Ao lado do Vilela, criamos o Espaço Aberto, que depois se transformou no Revista da Noite. Devo agradecer a todos que me oportunizaram viver intensamente esta magia que é fazer rádio: nosso diretor-presidente, André; Jones Alei, Ernani, Falleiro, Noberto, Leandro, Pepe Soares e todos os colegas de microfone, da técnica e outros setores. O espaço é curto para falar sobre o amor pela nossa quarentona rádio Gazeta, e contar do amor pelo rádio, pelo jornalismo. Ficará para o livro.”

José Augusto Borowski esteve no começo

Osvino Toillier, Aila Saenger, Eltor Breunig, Luiz André Martin e José Augusto Borowski, no estúdio da Rádio Gazeta quando ainda era no Bazar Rex

“Eu acompanhei a trajetória da Rádio Gazeta desde o seu primeiro dia de funcionamento. Em 8 de novembro de 1979, a convite do futuro gerente e diretor da Rádio Gazeta AM, Ernani Aloísio Iser, ingressei na Gazeta Grupo de Comunicações já com o com promisso de produzir o noticiário da emissora quando ela entrasse no ar. Permaneci na redação do jornal Gazeta do Sul até 1° de maio de 1980. A partir daquela data, dividi meu horário: meio turno (pela manhã) na Rádio Gazeta e, à tarde, no jornal. Na rádio, passei a fazer o noticiário que ia ao ar às 12h30. Por muito tempo, este foi o único noticiário da rádio.

Quando a Gazeta AM 1180 (hoje FM 107,9) iniciou, funcionava na Marechal Floriano, no segundo piso do antigo Bazar Rex (hoje prédio da Loja Taqi). A emissora tomou conta da cidade e região, pois tinha ótima programação musical, excelentes comunicadores e dava ênfase ao esporte. O noticiário, mesmo com equipe enxuta, era bastante atuante. Eu fazia o noticiário geral, o Flávio Luiz Falleiro era o responsável pelo noticiário policial e o Ernani complementava com as notícias da Prefeitura. Tínhamos também integração forte com a redação do jornal, o que sempre nos assegurava supremacia nas informações.

Uma outra característica da rádio, no tempo em que funcionava na Floriano, era ser ponto de encontro de políticos e amigos, que ali iam tomar chimarrão e cafezinho. Nas manhãs de sábado, quem sempre batia ponto eram os deputados Silvérius Kist e Júlio de Oliveira Vianna. Graças ao Vianna (o Lolô), consegui uma entrevista exclusiva com o ex-governador Leonel Brizola. Ele morava no Rio de Janeiro e era uma lenda da oposição na época. Não fazia muito que havia voltado do exílio e organizava a fundação do PDT.

A Rádio Gazeta inovou bastante em termos de programação e cobertura de eventos. Lembro das coberturas do Vestibular da Fisc que, na época, durava três ou quatro dias. Antes das provas, professores convidados davam dicas para os candidatos (foto). Logo depois das provas, eles comentavam as questões e antecipavam o gabarito. Como fui professor de Português e Literatura, também me desdobrava nestas análises. Em 1990, deixei a rádio e passei a trabalhar apenas na Gazeta do Sul, mas sempre mantive contato com a emissora. Como ocorre até hoje. A passagem pela rádio foi de muita aprendizagem e de conquista de muitos amigos, tanto na empresa como na comunidade.”

Benno: informação qualificada desde o início

Benno Bernardo Kist foi um dos sócios-fundadores da Rádio Gazeta | Foto: Rafaelly Machado

“Estive entre os sócios-fundadores da Rádio Gazeta, em 1980, junto com o chefe André Luís Jungblut e família Frantz, e os saudosos colegas Guido Ernani Kuhn, diretor de redação da Gazeta do Sul; e o radialista Ernani Aloísio Iser, em quem a emissora e sua vida se confundiam. Vendi então meu carro (um Chevetão incrementado, comprado de outro colega, Paulinho Treib, que também já se desligou deste mundo), para investir na empresa e, assim, fiquei sem veículo em pleno ano de casamento (Mas fiz a lua de mel alugando o “carrão” lançado na época: vejam só, o Fiat 147!).

Sempre gostei de rádio, e antes até já havia sido convidado para atuar na locução em emissora da região (a voz não era de se jogar fora…). Mas como estava muito envolvido nas atividades do jornal, onde já havia ingressado em final de 1974, a minha presença diante dos microfones era bem restrita. Em dupla com o Ernani, com quem fazia então a assessoria de imprensa da Prefeitura, apresentava o programa Executivo Informa, ao meio-dia e, no início da tarde, tinha uma participação no chamado e muito ouvido Clube de Bandinhas, do versátil Elstor Werle, que imi tava vozes de vários personagens conhecidos da região e, com nomes diferentes, fazia de conta que estavam no estúdio.

A minha intervenção era um comentário sobre assuntos agropecuários, para os quais me dedicava mais e criei inclusive na época a Gazeta Rural (hoje estou na Editora Gazeta, especializada em anuários brasileiros de agronegócio e, de vez em quando, ainda comento alguns assuntos do setor nos programas da rádio). Foram momentos bem interessantes, onde, sem dúvida, a informação qualificada fez parte desde o início e foi um dos pilares do sucesso da emissora, que passou a ser referência local, regional e inclusive estadual, e, assim, só posso me orgulhar de estar presente na sua bela história, que já completa quatro décadas e, por certo, continuará fazendo muito sucesso.”

LEIA TAMBÉM: VÍDEO: garoto que é fã da Rádio Gazeta sonha ser locutor

A quarta mais lembrada no Estado

Na pesquisa Top of Mind, em 2019, a Rádio Gazeta é a mais lembrada do interior do Rio Grande do Sul

A identificação da comunidade com a Rádio Gazeta sempre foi uma constatação em toda a região ao longo dos 40 anos de existência da emissora. Mas a comprovação dessa afinidade veio ainda mais forte e efetiva em 2019, quando a Revista Amanhã, por meio da popular pesquisa Top of Mind, confirmou que a Rádio Gazeta FM 107,9 é a quarta mais lembrada do Rio Grande do Sul. Mais do que isso: é a mais lembrada dentre todas as emissoras do interior do Estado, tendo em vista que as três colocadas acima dela no ranking são de Porto Alegre, e, portanto, têm alcance junto ao grande público da Região Metropolitana, sem deixar de ignorar seu alcance estadual.

A primeira colocada na pesquisa foi a Rádio Gaúcha, com toda a estrutura de sua atuação em radiojornalismo e em plataforma digital. Já a segunda é a Guaíba, também integrante de grupo de comunicação de expressão nacional. E a terceira é a Farroupilha, com 6 pontos na pesquisa, enquanto a Rádio Gazeta FM 107,9 vem logo após, com 4,6 pontos na Top of Mind. “Se considerarmos que a emissora pertence a um grupo de atuação regional, ainda que abranja toda a região central do Estado, a chamada região dos Vales, é um feito memorável, e que muito nos orgulha”, define o gerente executivo de rádios da Gazeta, Leandro Siqueira. “Não poderia ser diferente, porque evidencia a expressão e o alcance estadual do conteúdo, do jornalismo e da seleta programação que oferecemos ao público ouvinte de Santa Cruz do Sul e das comunidades do entorno”.

Siqueira comemorou ainda mais essa notícia, da colocação na Top of Mind como a quarta mais lembrada no Estado, porque a divulgação desse ranking ocorreu pouco tempo após a migração da emissora do antigo AM para o FM. “Não há como não nos sentimos felizes com esse desempenho. Qualquer rádio gostaria de ser lembrada nessa pesquisa, e as três principais, a Gaúcha, a Guaíba e a Farroupilha, comemoram a sua colocação. Como nós não iríamos nos felicitar por estarmos situados tão próximo da terceira colocada, com excelente índice de lembrança e audiência?”, observa. “A Gazeta, como marca, tem se notabilizado no cenário da comunicação há muito tempo, e temos muito a comemorar”.

Em sua avaliação, essa colocação consolida em definitivo o trabalho de jornalismo e de cobertura dos fatos, na rotina da sociedade e no esporte. “Com interatividade, com apuração das notícias, buscamos contar tudo aquilo que se passa em nossa aldeia, e procuramos ao máximo ouvir as pessoas, para que elas possam contar seus anseios, festejar conosco suas conquistas, e nos demandar a ir em busca de respostas para suas preocupações”, frisa.

“Isso vale ainda mais nesse período de angústia em torno da pandemia do coronavírus. Ao lado das demais plataformas da Gazeta, com as quais estamos em contato constante, através da Redação Integrada, buscamos inclusive aprimorar e intensificar ainda mais nossa presença em todas as áreas, para manter a população dia e noite informada sobre tudo o que está acontecendo”, enfatiza Siqueira.

Luminoso sobre a porta avisa que a quarta emissora mais lembrada no Estado está no ar

Sempre com olhar atento à cultura regional

Pedro Soares, o Pepe, é gerente de produtos das rádios da Gazeta Grupo de Comunicações

A Rádio Gazeta, em sintonia com a filosofia de trabalho e os valores colocados em prática por toda a Gazeta Grupo de Comunicações, sempre teve em seu DNA o forte envolvimento comunitário. O gerente de produtos das rádios da Gazeta, Pedro Soares, o Pepe, frisa que a emissora sempre liderou com muita força ações, programas e campanhas de relevância para a comunidade, na busca de melhorias e na defesa de demandas. “Educação, saúde, meio ambiente, esporte, agronegócio, arte e cultura, fomento à música, bem-estar, melhorias em infraestrutura na cidade ou no interior, em toda a região, sempre mereceram nosso máximo empenho”, salienta Pepe.

Ele ainda menciona ações e campanhas desenvolvidas ao longos dos anos, a exemplo do “Festival de Bandas” da Oktoberfest, do “Saúde nas Escolas”, do “Atitude Responsável”, de educação para o trânsito; da Rústica Estadual de Santa Cruz do Sul; e do “Palco do Saber”. A eles, nos próximos meses, outras ações serão agregadas. Mais recentemente, a rádio engajou-se firmemente no projeto Repensar, ação macro da Gazeta voltada à conscientização ambiental; no Gerir, Workshop de Gestão Organizacional, tendo transmitido ao vivo a primeira edição do ano na terça-feira; e do Reagir Começa Agora, com medidas e soluções para a economia regional no pós-pandemia.

LEIA MAIS: Rádio Gazeta faz do jornalismo a sua marca para o Estado

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.