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Nobel eterniza a obra de uma jovem autora da Coreia do Sul

O anúncio do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, na quinta-feira, dia 10, teve o dom de eternizar a obra de uma jovem escritora representante da Coreia do Sul. É, por sinal, a primeira vez que um autor daquele país ganha o mais importante reconhecimento feito a um conjunto literário assinado por um artista. Assim, agora, com Hang Kang, que está com 53 anos (completa 54 no dia 27 de novembro), a Coreia do Sul tem a sua produção literária como um todo projetada no mundo.

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Ainda que não seja uma autora largamente conhecida no Brasil (o que, aliás, costuma ser uma marca em relação à obra de vários ganhadores de Nobel nos últimos anos), ela tem três de seus elogiados romances nas livrarias por aqui. O primeiro foi A vegetariana, lançado pela Todavia em 2018, em tradução de Jae Hyung Woo, ficção que havia conquistado o Prêmio Man Booker Prize International de 2016, maior distinção a uma obra individual no planeta. Esse fato projetou rapidamente o nome de Han Kang no mundo todo.

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Na esteira da recepção a esse livro, a mesma Todavia publicou Atos humanos, em 2021, dessa vez traduzido por Ji Yun Kim. E um terceiro romance veio em 2023, O livro branco, agora em tradução de Natália T. M. Okabayashi, tido como o seu livro mais pessoal até o momento. O certo é que o Nobel enaltece uma escritora que busca traduzir, com agudeza e olhar atento, o contexto social de seu próprio país e dos dramas individuais. Graças ao Nobel, agora vários de seus livros devem vir por aí.

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Bruno da Silveira Bica

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Bruno da Silveira Bica

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