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No volante pela vida: o dia a dia de motoristas que trafegam contra o tempo

As pessoas estão condicionadas a vincularem o transporte da produção, em especial de alimentos, quando se fala em motorista. E faz muito sentido. Afinal, é artigo essencial para a subsistência humana. Existem exemplos, porém, que vão além de um ponto de partida e um de chegada; da condução de passageiros, como os taxistas ou aqueles que trabalham em coletivos ou por aplicativos. São os que atuam nos serviços de saúde ou segurança.

O resultado da atividade deles não vai colocar comida nas prateleiras dos supermercados, mas cada segundo conseguido no tempo de resposta pode significar o salvamento de vidas e, eventualmente, de bens materiais. Assim é o dia a dia dos bombeiros, que têm a tarefa dificultada por, muitas vezes, precisarem fazer um veículo pesado, como o caminhão, ganhar espaço e velocidade dentro das áreas urbanas, em geral congestionadas.

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É o caso do 2º sargento Aguiar Araújo, que dirige veículos do Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul e é instrutor na formação de novos condutores. Ele reforça que, minimamente, a CNH da categoria B é exigida para o ingresso na corporação. Depois disso, passam pelo curso Condutor de Veículo de Emergência, que é direcionado para operar os caminhões; as exigências somam-se com o curso Condutor e Operador de Viaturas. “Esse curso trata da operação das mais diversas viaturas que existem na corporação, desde caminhões de combate a incêndio, autoescada mecânica, até ambulância e demais veículos”, ressalta.

Esses mecanismos de qualificação não são apenas para colocar certificados na parede da sala. O sargento Aguiar reforça que é uma forma de aprender técnicas para a utilização dos veículos, que são diferenciados e demandam uma condução especializada.

Sempre de prontidão

A equipe do Corpo de Bombeiros está atenta 24 horas. “Estamos sempre prontos para as mais diversas ocorrências”, afirma. É dessa forma que lidam com o chamado “tempo resposta”, o período em que recebem a ligação com o chamado até o momento da chegada na ocorrência. “O trânsito é sempre um desafio, exigindo habilidade, atenção e muito cuidado durante o deslocamento”, frisa. Isso faz com que levem em consideração os vários fatores que geram riscos durante o deslocamento, além de, rapidamente, ter que escolher o caminho mais curto, que permitirá atendimento rápido e técnico.

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E se conduzir um veículo leve, em um trânsito pesado como o de Santa Cruz do Sul, não é tarefa fácil, imagine um caminhão. O sargento explica: “O segredo é simples. Deve estar preparado técnico e fisicamente, pois dirigir um caminhão exige técnica apurada, muita atenção e habilidade para poder trafegar e não ser mais um a gerar risco no trânsito.”

A dificuldade é minimizada com a colaboração dos demais motoristas. “No momento em que estamos com sinais sonoros e luminoso ligados, significa que vamos para uma ocorrência e, de certa forma, os usuários contribuem para a passagem da viatura”, conta. O único empecilho é quando se trata de local onde o trânsito está congestionado. Nesse caso, exige-se habilidade ainda maior para o condutor do caminhão achar rota alternativa, que facilite a chegada ao destino.

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Sensação de dever cumprido

Chegar ao fim de um atendimento, ver a situação resolvida, gera na equipe a sensação de dever cumprido. “Dá satisfação de poder ajudar alguém numa hora não muito boa, porque o bombeiro sai do quartel, geralmente, quando alguém está em perigo”, ressalta. Essa percepção faz com que não tenha dúvida em escolher a profissão bombeiro, mesmo ciente de que serão vividos momentos de drama e medo, como os casos em que são envolvidos bebês. “Muitas vezes os pais nos ligam e fazemos a primeira abordagem pelo telefone, pois não podemos perder tempo. Temos que ter a calma para instruir os pais quanto à execução da manobra [de Heimlich]”, cita.

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Edição
: Dejair Machado (dejair@gazetadosul.com.br)
Textos: Dejair Machado, Marcio Souza, Marisa Lorenzoni e Romar Beling
Diagramação: Rodrigo Sperb

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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Carina Weber

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