Passados três dias do episódio em que Lula foi levado para prestar depoimento na Operação Lava Jato, Dilma voltou a criticar a condução coercitiva do ex-presidente. Em Caxias do Sul, onde participou da entrega de casas do programa “Minha Casa, Minha Vida” nesta segunda-feira, 7, Dilma usou parte do discurso para tratar sobre o assunto.
“Não é possível aceitar que tenhamos pessoas que jamais se recusaram a depor, como é o caso do ex-presidente Lula, diante da obrigação de depor, sendo que nunca se julgou melhor do que ninguém. Justiça seja feita: sempre o presidente Lula aceitou, ao ser convidado para prestar esclarecimentos, ele sempre foi. Não tem o menor sentido conduzi-lo ‘sob vara’ para prestar depoimento se ele jamais se recusou a ir. Como disse um juiz, era necessário saber se ele queria ser protegido porque tem certo tipo de proteção que é muito estranho”, afirmou Dilma.
Outro assunto que foi tratado pela ex-presidente foi o vazamento de uma suposta delação do senador Delcídio do Amaral. Segundo ela, o depoimento não foi verdadeiro e serviu para “jogar lama nos outros”. “Acho que não podemos demonizar pessoas e órgãos de imprensa. Não podemos demonizar opiniões, mas temos de exigir respeito para si e dar o respeito para os outros”, acrescentou a presidente.
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Dilma também não poupou a oposição. Para ela, há um aprofundamento da crise política que intensifica o período de dificuldades econômicas pelo qual passa o país. “A oposição tem o absoluto direito de divergir, mas não pode ficar sistematicamente dividindo o país. Não pode porque tem certo tipo de luta política que cria um problema sistemático não só para a política, mas também para a economia, para a criação de empregos, para o crescimento das empresas”, completou.
Contando as 320 unidades de Caxias do Sul, o governo entregou ontem um total de 2.434 moradias do programa habitacional em cinco municípios nesta etapa.
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