Santa Cruz do Sul começou a fornecer o Certificado Internacional da Vacinação contra a febre amarela ontem. Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, enfermeira Raquel Emmel Lopes, 40 documentos foram emitidos no primeiro dia. Apenas duas pessoas já haviam feito a vacina neste ano. As demais fizeram em 2009, quando o Rio Grande do Sul registrou 21 casos de febre amarela silvestre em humanos.
O primeiro passo para os interessados é fazer o cadastro no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Depois é preciso se dirigir ao setor de Imunizações da Vigilância Sanitária, na Rua Pinheiro Machado, 358. É necessário levar a passagem com o destino no exterior, documento de identidade com foto e carteira de vacinação com o registro da vacina contra a febre amarela. O atendimento é somente para residentes em Santa Cruz, sempre às terças-feiras, das 8 horas às 11h45.
O Ministério da Saúde mudou a recomendação nacional para o número de doses de vacina contra a febre amarela em abril de 2017, quando passou a indicar uma aplicação única para as áreas com exigência de vacinação em todo o País. Até então, o governo federal pedia que os moradores das áreas com recomendação – e quem viajasse a esses lugares – tomasse uma dose da vacina e, após dez anos, recebessem um reforço. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já pedia apenas uma aplicação desde 2013 – o Brasil era o único país do mundo que ainda exigia a dose extra.
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Raquel Lopes explica que foi necessário um treinamento em Porto Alegre para oferecer o serviço em Santa Cruz. A abertura de novos pontos para emissão do certificado é uma ação de descentralização da Anvisa. Antes, no Rio Grande do Sul, era preciso ir até a Capital para conseguir o documento.
A coordenadora salienta que, para os países incluídos no tratado internacional sanitário, o embarque não é permitido sem o certificado. Vale ressaltar que a pessoa fica protegida somente dez dias depois de receber a dose. Portanto, quem não estiver vacinado precisa ser imunizado dez dias antes da viagem.
Dúvidas frequentes
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Quais países exigem o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP)?
O surto de febre amarela fez com que Equador, Colômbia, Cuba, Nicarágua, Bolívia e a Venezuela passassem a exigir a vacinação dos viajantes brasileiros em 2017. O Panamá também voltou a exigir o documento no ano passado. A lista de nações que solicitam o documento é de mais de cem países e pode ser consultada no site do Ministério das Relações Exteriores.
Como tirar o CIVP?
Viajantes que precisam do CIVP devem se vacinar dez dias antes do embarque. Com o comprovante de vacinação, devem se dirigir ao posto de emissão e pedir pelo documento, que fica pronto na hora. Alguns desses locais também oferecem a vacinação, mas é preciso consultá-los com antecedência para verificar a disponibilidade.
Idosos
Todos os idosos precisam passar por avaliação médica antes da vacina.
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Exceções
Crianças entre nove meses e 2 anos, gestantes, pacientes portadores de HIV e pessoas que passam por quimioterapia não podem tomar a vacina. Se você está entre esses casos, deve apresentar um Atestado Médico de Isenção de Vacinação, escrito em inglês ou francês. O certificado de isenção pode ser encontrado no site da Anvisa (portal.anvisa.gov.br), que tem sistema de busca.
A vacina precisa ser renovada?
Uma só aplicação da dose-padrão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, oferece imunidade por toda a vida. Já a dose fracionada precisa ser renovada em nove anos.
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