A PlayArte Pictures está lançando o filme Grace de Mônaco, cinebiografia da atriz Grace Kelly estrelada por Nicole Kidman. O aviso, nos créditos, de que “se trata de uma obra ficcional, baseada em fatos reais” deve ser levado em consideração. Em vez de adotar o modo da cinebiografia tradicional, “Grace de Mônaco” prefere delirar sobre a história real.
A trama gira em torno de Grace Kelly, a estrela de Hollywood que se tornou princesa ao se casar com Rainier 3º. Em 1962, ela recebe a visita de Alfred Hitchcock, que a convida para o papel de “Marnie” (1964). Seduzida pela proposta, Grace se vê perdida em meio a uma crise matrimonial agravada por uma queda de braço entre Mônaco e França.
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Apesar de o imbróglio diplomático não ser mais que uma funcionalidade dramática, o filme escapa da fogueira se não esquecermos que ele se anuncia como ficção, e não como reconstituição da realidade.
A passagem de Grace do papel de estrela ao de princesa concentra os elementos mais interessantes dessa ficção. Suas lembranças do apogeu em Hollywood e a tentação de retorno ao cinema transpõem o filme para a fantasia.
Essa perspectiva torna-se ainda mais explícita quando Grace se convence de que ela não deixou de ser atriz. Princesa é um personagem, talvez o de sua vida, e ela decide personificá-lo como atriz.
Pede a ajuda de um conde, aprimora seu francês, muda de caras para vencer nos jogos de poder e, ao final, sobe ao palco para um discurso como uma vitoriosa no Oscar.
O fato de Nicole Kidman demonstrar que quem está na tela é ela mesma e não Grace reencarnada demonstra como esta cinebiografia se diferencia do sucesso “Piaf: um Hino ao Amor”, dirigido pelo mesmo Dahan e uma autêntica bomba.
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Confira o trailer legendado:
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