Após ser expulso diante da Colômbia, Neymar está fora apenas do duelo da Seleção Brasileira contra a Venezuela, no próximo domingo, 21, pela última rodada da fase de grupos da Copa América. E, assim, poderá jogar uma eventual partida de quartas de final do torneio. Foi isto, pelo menos, o que informou o site da Copa América nesta quinta-feira, 18. O texto publicado na página do torneio diz que o Tribunal de Disciplina da Conmebol anunciou que o brasileiro está provisoriamente suspenso por somente um jogo da Copa América.
Um processo disciplinar contra o atacante foi aberto e a CBF notificada sobre o julgamento. A entidade brasileira terá até 24 horas (até 12 horas de sexta-feira) para apresentar a defesa do jogador por escrito e evitar um gancho maior durante a Copa América. A partir daí, o Comitê Disciplinar da confederação sul-americana se reunirá e tomará a decisão.
O item 3 do artigo 29 do regulamento da Copa América afirma que o caso de Neymar demandaria suspensão por duas partidas. Diz: “se um jogador é culpado de conduta antidesportiva (conforme a regra 12 das Regras do Jogo) e ele é expulso com o vermelho direto, todo o cartão que ele tenha recebido durante a partida será mantido”.
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O diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, vai alegar que o atacante pensou que a bola ainda estivesse em jogo quando acertou o lateral-esquerdo Armero depois do apito final. Além disso, acusará o assistente Carlos Astroza de ter desestabilizado Neymar durante a derrota por 1 a 0. Segundo relatos do próprio jogador e de membros da comissão técnica, ele foi chamado várias vezes de “piscinero”, referência em espanhol a quem se joga muito em campo.
Lopes disse que segundo a súmula, o fato que desencadeou toda a confusão foi a bolada de Neymar em Armero. Depois disso, Murillo se aproximou do atacante com afagos e o brasileiro respondeu à provocação com uma cabeçada. A reação foi o empurrão do atacante Carlos Bacca, também expulso pelo árbitro chileno Enrique Osses. “O Neymar achou que a bola ainda estava em jogo. Tanto que o jogador se vira para interceptar o chute. Ele chutou a gol e acertou o atleta”, explicou.
O advogado da CBF disse que o camisa 10 da Seleção ficou muito nervoso com as provocações de Astroza, bandeirinha que ficava próximo ao banco de reservas brasileiro. “O bandeira passou o jogo inteiro o chamando de “piscinero”. Isso deixou o Neymar muito irritado. Ele fez esse relato, o médico e o Gilmar (Rinaldi, diretor de seleções) também ouviram, o Dunga escutou. O Neymar é réu primário e um jogador que não pode usar seus recursos. Outro dia deu dois chapéus e foi advertido pelo árbitro. É caçado todo jogo com a complacência dos árbitros. Isso é revoltante”, afirmou o diretor jurídico.
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