Oliver Sacks, neurologista e autor de livros como “Um Antropólogo em Marte”, morreu neste domingo em sua casa em Nova York, aos 82 anos, de câncer, de acordo com o jornal “The New York Times”. Sacks ficou conhecido por livros de divulgação científica nos quais tratou de problemas neurológicos com base em casos reais de seus pacientes. Em um deles, por exemplo, contou a história de um operador de rádio que sofria de amnésia e viveu “preso” em 1945 durante três décadas.
Já em “O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu”, Sacks relata distúrbios causados por falta e excesso da atividade cerebral, incluindo o caso de um homem com agnosia visual, que dá título à obra. Seus livros venderam mais de um milhão de exemplares nos Estados Unidos.
Em fevereiro, Sacks publicou um artigo relatando que tinha um câncer em estágio terminal e como queria viver seus últimos meses de vida. “Um mês atrás, eu me sentia gozando de boa saúde. Aos 81, ainda nado 1.600 metros por dia. Mas minha sorte se esgotou -há algumas semanas, soube que tinha múltiplas metástases no fígado”, escreveu.
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O cientista teve câncer no olho em 2006, que foi curado à época. Nove anos depois, a doença voltou, tomou um terço de seu fígado e se espalhou para outros órgãos, o que tornou inócuo um novo tratamento. “Não posso fingir não ter medo. Mas o sentimento que predomina em mim é a gratidão. Eu amei e fui amado; tive muito e dei muito em troca; eu li, e viajei, e pensei, e escrevi”, disse no artigo, sobre seus planos para os últimos meses de vida.
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