Nestor Raschen toma posse como vice-presidente do Sinepe/RS

A nova diretoria do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), que irá comandar a entidade nos próximos três anos, tomou posse na noite da última terça-feira, 6. O evento ocorreu na sede do Sindicato, em Porto Alegre. A chapa única, liderada por Oswaldo Dalpiaz, recebeu 191 votos válidos enviados pelas instituições de ensino privado do Estado, por Correio, nos meses de julho e agosto.

A nova diretoria é composta por 14 integrantes, que representam a Educação Básica e o Ensino Superior, bem como instituições da capital e do interior. O novo primeiro vice-presidente é o diretor do Colégio Mauá, de Santa Cruz do Sul, Nestor Raschen.

Este será o primeiro mandato de Dalpiaz na presidência, juntamente com os vices Nestor Raschen e Bruno Eizerik. O ensino privado do Estado conta com 880 mil alunos, 1.231 instituições e 41 mil professores. O presidente eleito é formado em História, Geografia e Filosofia, mestre em Filosofia da Educação e especialista em gestão educacional e gestão participativa. Atuou por 40 anos como professor em sala de aula e por 33 como gestor de instituição de ensino. Está na diretoria do Sindicato desde 2004.

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Dalpiaz antecipa que na sua gestão irá trabalhar para tornar as escolas particulares gaúchas referência em gestão pedagógica e administrativa. “Vamos oferecer capacitação às equipes para que se instrumentalizem, buscando soluções criativas e adequadas para os desafios que se apresentam”, destaca. Ele acredita que é urgente que as instituições de ensino preparem seus estudantes para o novo mundo do trabalho.

“Algumas competências e habilidades valorizadas 15 anos atrás não têm mais sentido hoje. Há necessidade de outras. O conhecimento tem outra perspectiva. Se antes era meramente informativo, agora ele tem dimensão formativa. Quem pensaria, 15 anos atrás, que hoje estaríamos trabalhando em casa? As escolas precisam estar atentas a esses novos cenários e preparar os alunos para essa realidade”, defende o dirigente.

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Outro foco da nova gestão será fazer parcerias com entidades públicas como Secretaria de Educação, Conselho Estadual de Educação, Famurs, Undime, Ministério Público, entre outros órgãos, para tratar de temas comuns. “Imagina se todos esses representantes sentassem juntos e debatessem alternativas para problemas comuns que estão nas redes? Se queremos melhorar a qualidade de ensino como um todo, precisamos estar juntos. Não devemos alimentar a separação que existe entre público e privado. Temos finalidades diferentes, mas o processo educativo é o mesmo.” Para o dirigente, há outras pautas que podem ser trabalhadas em conjunto. Ele traz como exemplo o combate ao homeschooling e a criação de um calendário escolar comum entre as redes.

Outros desafios

O novo presidente do Sinepe, Oswaldo Dalpiaz, cita outros desafios que merecerão destaque em sua gestão, como os efeitos da crise econômica e a ausência de políticas públicas em relação à educação auperior.  “Nossas instituições têm sofrido com a evasão, a concorrência no EAD, a inadimplência e a entrada de grandes grupos no mercado com mensalidades de baixo custo. Vamos trabalhar para auxiliar essas instituições a qualificarem a sua gestão de modo que possam ser sustentáveis.”

O dirigente ressalta que o que vem acontecendo no ensino superior – entrada de grandes grupos empresariais assumindo instituições de ensino – tende a ocorrer no ensino básico nos próximos anos. Portanto, o setor precisa estar preparado e a qualificação é o melhor caminho, na visão do dirigente.

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