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Nem todas as mulheres querem ser mães

No Brasil, segundo pesquisa do IBGE, 14% das mulheres não desejam ter filhos, na pesquisa anterior, a porcentagem era de 10%. Mesmo que sejam aptas para gerar um filho, muitas simplesmente não querem, e por que a sociedade se acha no direito de julgar ou questionar a decisão de um outro ser humano? Afinal, quando se tem um filho, nascem outras responsabilidades. Quando uma mulher decide não ter filho, seja pelo motivo que for, acredite, ela pensou muito no assunto.

Hoje, são 7 bilhões de pessoas habitando o planeta Terra. Há países que sofrem com a superpopulação, outros que vivem na miséria e pobreza, e a violência parece não dar trégua. Mesmo assim, a sociedade ainda se incomoda com as mulheres que não querem trazer uma criança ao mundo. No atual cenário mundial, as mulheres participam ativamente do mercado de trabalho, as famílias optam por ter menos filhos e as mulheres finalmente estão decidindo mais sobre os próprios destinos. Mesmo assim, a sociedade ainda se incomoda com as mulheres que não querem trazer uma criança ao mundo.

Culpar, apontar o dedo, julgar e chamar de egoísta aquelas que optaram pela vida sem filhos é comum, mas não deveria ser. Ter filhos é uma responsabilidade imensa e um trabalho para a vida toda. Algumas mulheres simplesmente não desejam viver esse papel, uma escolha previamente pensada, discutida e refletida. Mas e os pais que têm filhos e abandonam suas parceiras e filhos?! No Brasil, mais de 1 milhão de famílias são compostas por mãe solo, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

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Muitas mulheres sofrem por não nutrirem em si o desejo e a missão de serem mães, pois esse papel está há muito tempo enraizado na nossa cultura. Ir contra o que a sociedade espera é um grande desafio.

“Além dos julgamentos, muitas mulheres sofrem pressão psicológica com a decisão de não se tornar uma mulher maternal, e esses danos podem surtir efeitos negativos, entre eles a depressão, ansiedade e insegurança para expor ao parceiro essa indecisão”, comenta Milene Rosenthal, psicóloga e Co-fundadora da TelaVita.

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