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Negócios da região podem ser beneficiados pelo Banco do Povo

Em funcionamento desde 2013, o Banco do Povo de Santa Cruz ultrapassou os limites do Parque da Oktoberfest e já pode ser acessado por quem deseja empreender em Rio Pardo e Pantano Grande. Por meio de convênio com esses municípios, a unidade ajudará a capitalizar pequenos e médios empresários, que têm planos de se desenvolver e precisam de linhas de crédito com taxas e condições diferenciadas. O Banco do Povo estreita o caminho entre os bancos públicos, cooperativas de crédito e as agências estaduais, federais de fomento empresarial e os pequenos e médios empresários.

Conforme o agente de desenvolvimento do banco, Paulo Mans, a intenção é continuar expandindo essa atividade. “Estamos em negociação com Venâncio Aires, Vera Cruz e Candelária”, antecipa. O atendimento é feito na agência localizada dentro do Parque da Oktoberfest, de segunda a sexta-feira, no mesmo horário da Prefeitura, que agora trabalha em regime de turno único, das 8 às 14 horas. Nos municípios conveniados, o serviço é vinculado às pastas que têm ligação com o desenvolvimento econômico. 

A parceria será da seguinte forma: primeiro, os municípios farão a coleta de documentos e das informações iniciais. A seguir, repassam a papelada ao Banco do Povo, que dará sequência ao processo. Mans explica que a expansão regional ocorreu graças a outra parceria, com a Extremo Oeste Agência de Crédito (Extracredi), responsável pela concessão do crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

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 Extracredi faz a análise de crédito e encaminha ao BNDES os pedidos dos empreendedores locais. Hoje o BNDES é o responsável pela maior parte do microcrédito liberado em Santa Cruz. Até o fim do ano passado, haviam sido captados R$ 7,4 milhões do Programa Nacional Crescer, vinculado ao banco federal.

Entenda como funciona o atendimento

Toda a parte burocrática de um financiamento empresarial é feita na agência. O primeiro contato entre o empreendedor e o atendimento do Banco do Povo é para definir valor e simular a melhor linha de crédito, enquadrando o projeto nas formas de financiamento. Nessa etapa é preenchido um questionário, que depois será verificado junto à empresa. 
O Banco do Povo, então, consulta o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) para confirmar a situação financeira da empresa. 

Depois é marcada uma visita ao empreendimento. Nesse encontro, as informações do questionário são conferidas para dar sequência ao atendimento. O banco então gera um laudo para encaminhar à instituição financeira que vai disponibilizar os recursos. 

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No caso do BNDES, a documentação é enviada à Extracredi, em Santa Catarina, para a análise final de crédito e aprovação do empréstimo. O processo todo não leva mais do que sete dias. O tomador de empréstimo precisa apresentar um avalista, que é diferente de um fiador. O avalista não precisa ter bens em seu nome, só precisa comprovar renda e não estar negativado no SCPC. 

Existem dois tipos de financiamentos: para capital de giro e para capital fixo. Giro é tudo aquilo que diz respeito ao estoque e movimentação financeira da empresa. Já o capital fixo é destinado para aquisição de máquinas, modernização, reformas e ampliação das instalações. 
Microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (ME) e empresas de médio porte (ME-Ltda) podem solicitar linhas de crédito junto ao Banco do Povo. Quem também não possui empresa registrada e pretende abrir uma, nas modalidades de MEI, ME ME-Ltda., também tem acesso aos empréstimos.

 

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O caminho

Como o Banco do Povo é uma agência de fomento, além de atuar como meio para contratação de crédito, também viabiliza o espaço físico para o contato direto do empresário com as agências de investimento e os bancos.

Sabendo disso, o empresário santa-cruzense Israel Schneider encaminhou uma proposta de crédito ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Com hora marcada, ele apresentou o projeto para investimento em sua fábrica de gelo. A meta é ampliar em 400 metros quadrados o atual prédio no Bairro Várzea, de Santa Cruz do Sul, para modernizar a produção. “Esse atendimento é fundamental. Se não houvesse essa oportunidade, eu teria que me deslocar até Porto Alegre para marcar uma hora com o BRDE.”

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No Banco do Povo, quem recebe Schneider é o gerente regional do BRDE, Marlon Alberto Bentlin. “Existem linhas de financiamento especiais, nas quais o prazo para devolução dos recursos pode chegar a dez anos”, frisa Bentlin. Agora a proposta de Schneider segue para análise no BRDE em Porto Alegre. 

O atendimento do BRDE em Santa Cruz é feito com hora marcada. O  gerente regional também atua junto aos municípios do Vale do Taquari e da região Centro do Estado.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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