Ao menos 500 pessoas estavam a bordo da embarcação que naufragou no Mar Mediterrâneo no começo da semana, o que pode ter deixado centenas de vítimas, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Se as mortes forem confirmadas, esse pode ter sido o pior desastre dos últimos 12 meses na região. Em relatório divulgado hoje (20), o organismo apontou que o barco vinha da Líbia, e não do Egito como foi publicado, e que tinha como destino a Itália.
Representantes da Acnur entrevistaram alguns dos 41 sobreviventes, que foram resgatados e levados para a Grécia. Segundo eles, após várias horas de viagem, os traficantes de seres humanos, responsáveis pelo trajeto, tentaram transferir o grupo para um barco maior, que estava lotado e que começou a naufragar por conta do peso.
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Muitos dos sobreviventes não chegaram a entrar na outra embarcação, enquanto muitos deles conseguiram nadar de volta para o barco menor. Os imigrantes eram de origem somaliana, sudanesa, etíope e egípcia, em sua maioria.
Só em 2015, a Itália foi porta de entrada para mais de 150 mil pessoas que fugiam das guerras, da miséria e de perseguições, especialmente, de países do norte da África, do Afeganistão e do Iraque. O país é a segunda “rota de imigrantes” pelo mar, ficando atrás apenas da Grécia – que recebeu mais de 840 mil imigrantes no ano passado.
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