A movimentação de consumidores nas ruas nos dias que antecederam o Natal confirmou o desempenho positivo do varejo no município. Um levantamento feito pelo Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP) mostra que o período foi considerado melhor do que o ano anterior, contribuindo com um aumento médio de 5% nas vendas realizadas durante o mês de dezembro, na comparação com o mesmo período do ano de 2023.
Conforme o presidente do Sindilojas-VRP, Mauro Spode, a expectativa da entidade acabou se confirmando, especialmente nos últimos dias que antecederam o Natal, a partir da sexta-feira, 20 de dezembro. “É uma tendência que se registra nos últimos anos, muito ligada ao pagamento do abono de 13º salário, realizado obrigatoriamente até esta data. No entanto, o que nos chamou atenção neste último ano, foi a presença numerosa de consumidores, dispostos a efetivar a compra a partir desta data”, ressalta.
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Spode explica ainda que, em comparação com o Natal de 2023, o volume de negócios fechados até surpreendeu, de forma positiva, alguns segmentos específicos, como setores de bazar, perfumaria e autocuidado. “Algumas empresas ouvidas pela entidade registraram até mesmo o dobro de vendas na comparação com o ano anterior. Fatores como a localização da loja, marcas comercializadas e produtos também têm participação neste desempenho”, confirma o presidente, destacando que as maiores compras – em termos de valor – ocorreram a partir do último fim de semana que antecedeu a data.
As compras realizadas no pós-Natal também chamaram atenção do Sindilojas-VRP neste ano. De acordo com Spode, os consumidores que buscaram a troca de produto acabaram adquirindo outros artigos, dando sequência ao movimento de vendas, mesmo após passada a comemoração do Natal. “Este movimento é positivo e acena com um novo comportamento local. Isso se deve também a política de troca das lojas, que mesmo sem ter a obrigação legal de trocar produtos que não serviram aos consumidores que foram destinados, realiza esta atividade, favorecendo o relacionamento e a manutenção das vendas”, pontua o presidente do Sindilojas-VRP.
Embora nem todos os municípios tenham sofrido impactos gerados pelas enchentes de maio de 2024, o resultado do fim de ano não foi o mesmo para todos os segmentos do varejo. Conforme o diretor-presidente da Agro-Comercial Afubra, Romeu Schneider, a rede de lojas que tem filiais instaladas nos três estados do Sul do Brasil acabou não registrando o aumento de vendas projetado para o período.
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“Precisamos considerar que existe uma incerteza quanto à economia como um todo, e isso faz com que as famílias consumam menos. Outro ponto está ligado às enchentes, que não atingiram todos os municípios, mas em muitos deles, prejudicaram os consumidores e o reflexo disso ocorreu. Muitas pessoas anteciparam compras, que tradicionalmente fariam no fim do ano”, avalia Schneider, que também é membro da diretoria do Sindilojas-VRP.
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De acordo com o presidente da entidade, Mauro Spode, este movimento de consumo antecipado – motivado pela transferência de benefícios – ou em alguns casos, antecipação de pagamentos a trabalhadores atingidos pelos eventos climáticos, poderia interferir no fim de ano em alguns setores. “Houve uma liberação maior de recursos, por parte do governo e até mesmo das empresas, no período pós-enchente. Naquela época já havíamos constatado que este movimento, que foi positivo para o comércio que também precisou se reerguer, poderia ter efeito no fim de ano”, relembra o dirigente.
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