Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

MEMÓRIA

Natal pós-guerra

O Natal de 1945, o primeiro após a Grande Guerra, não foi dos melhores para o comércio de Santa Cruz do Sul. Mesmo que houvesse euforia com o fim do conflito, parte da população sofria com a falta de dinheiro. E quem tinha reservas, não encontrava as mercadorias.

O maior sonho de consumo das famílias era adquirir um refrigerador elétrico (geladeira), cuja produção parou em 1942. Com o fim da guerra, imaginava-se que eles voltariam às lojas. Mas só reapareceram no ano seguinte. 

Outro desejo era comprar um rádio à luz ou bateria. Quem se antecipou conseguiu, mas quem deixou para a última hora ficou sem. As lojas passaram a fazer inscrição de interessados, com a promessa de entrega em janeiro do ano seguinte.

Publicidade

Até a oferta de brinquedos foi pequena. Mães habilidosas produziam bonecas de pano e roupinhas que permitiam dar um novo visual às bonecas antigas. Quem trabalhava com madeira, fabricava autinhos e caminhões para os meninos, casinhas de bonecas e bercinhos para as meninas. Os irmãos Genehr (Emílio e Albino) fizeram muitos brinquedos sob encomenda.

Com a escassez de farinha de trigo, até mesmo a produção caseira das bolachas de Natal (Weihnachtsdoss) foi menor. Parte da população ainda foi até a agência Sinimbu adquirir um bilhete da loteria estadual. Afinal, com o prêmio de 1 milhão de Cruzeiros daria pra enfrentar o pós-guerra com mais tranquilidade.  

Foto: Banco de ImagensRádios:comércio fazia reservas e prometia entregar após o Natal
Rádios:comércio fazia reservas e prometia entregar após o Natal

LEIA MAIS COLUNAS DE JOSÉ AUGUSTO BOROWSKY

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.