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Natal: época de compartilhar alegrias com a comunidade

Andar por Santa Cruz do Sul no mês de dezembro é um convite ao encantamento. A cidade, com ruas e praças iluminadas e muito bem decoradas, fica ainda mais bonita. E quem diversas vezes passeou pelo Centro foi o casal Noel, levando mensagens de fé, esperança, paz e alegria. O Papai Noel, Sérgio Pavani, de 64 anos, acompanhado da Mamãe Noel, Ana Mozzaquatro, de 65, descreve a experiência como algo fascinante.

Foto: Alencar da Rosa

No início, a intenção era compartilhar o sentimento natalino e também entrar no clima da celebração. “Começamos com uma brincadeira, mas logo percebi que, além de nos fazer muito bem, era algo que acabava tocando o coração das pessoas, crianças e adultos. Era visível o encantamento no olhar de muitas crianças”, afirma Ana. Numa das primeiras caminhadas, os dois saíram da Praça da Bandeira em direção à Getúlio Vargas. Casualmente, era a noite em que estava programada a abertura das festividades de Natal de Santa Cruz. Mas o evento foi cancelado e, mesmo assim, o movimento nas ruas era intenso. Enquanto cruzava a Marechal Floriano, a dupla foi muito abordada. Sérgio diz que perdeu as contas de quantas fotos foram tiradas naquela noite.

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Em outro momento, eles visitaram os alunos da escola municipal José Leopoldo Rauber. Ana, que foi professora durante anos no estabelecimento, conta que a alegria das crianças e a integração que tiveram com elas foram muito marcantes. Assim também foi a passagem pelo Hospital Universitário de Santa Maria. Pela relação com a universidade, Sérgio se prontificou a levar uma palavra de carinho e conforto aos pacientes da instituição. “Foi uma experiência inesquecível. Passamos por todas as alas e em todas percebemos que estávamos deixando uma mensagem de esperança, tanto para os adultos como para as crianças”, recorda. E, nesse mesmo hospital, ele já tem um compromisso marcado para o final deste mês. A convite da coordenadora da instituição, o Papai Noel vai tirar a barba na frente das crianças e adolescentes da ala oncológica. Um gesto para abrandar a dor que esses pacientes sentem quando perdem os próprios cabelos. “Não vai ser fácil. A carga de emoção vai ser muito grande pra mim, mas se pudermos, nessa trajetória, mostrar qualquer coisa de positivo para alguém, que seja um alento, já está ótimo”, diz.

Com a missão natalina de 2021 prestes a se encerrar, o balanço que os dois fazem é positivo. “Estamos passando por um período muito difícil. São tantas notícias ruins. É muita falta de esperança implantada, além de todo esse tempo de isolamento. E a nossa imagem trouxe uma mensagem de esperança. As pessoas nos olharam sorrindo e percebemos o quanto isso foi verdadeiro”, diz Pavani. Eles, que fizeram tudo sem qualquer remuneração, afirmam que se sentem amplamente gratificados e já pensam em como se aproximar ainda mais da comunidade no próximo Natal.

O nascimento de um artista

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Há seis anos, o engenheiro mecânico Sérgio Pavani não imaginava que um pedido do neto, Heitor, traria novas experiências para sua vida. O garoto, que estava prestes a completar 3 anos, queria que o avô animasse o aniversário dele, caracterizado como o palhaço Patatá. O pedido fez aflorar de vez a veia artística. “Eu sempre gostei de representar personagens e fazer imitações para os meus filhos e, quando os netos vieram, não parei mais. Mas representar o Patatá foi um marco para mim”, recorda.

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Segundo Sérgio, até em sala de aula o palhaço esteve presente. Ele, que é professor no Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, escola vinculada à Universidade Federal de Santa Maria, acredita que ensinar também é uma arte. “Dou aula na área das engenharias. É tudo muito técnico e muitas vezes, fazendo uma representação, cativo ainda mais os alunos e consigo fazer com que eles compreendam o conteúdo com mais facilidade”.

Um encontro promissor

Sérgio Pavani e Ana Mozzaquatro se conheceram em janeiro deste ano. Uma amiga em comum sugeriu o encontro. De início, as primeiras conversas foram pelo Facebook. Entre as trocas de mensagens, descobriram que tinham em comum o gosto pela caminhada. Não demorou para que, juntos, fizessem o primeiro trajeto. Desde então, não pararam mais. E nas longas caminhadas, recheadas de muitas conversas, os dois descobriram outras afinidades. Além disso, planos começaram a ser traçados. Um deles, o de se preparar para fazer o caminho de Santiago de Compostela. Outro, já enveredando para o lado artístico de Sérgio, era o de se caracterizarem para o período da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul. “Eu já havia desfilado em outras ocasiões e tinha meu traje completo, mas a Ana, que ainda não tinha, usou o da minha filha”.

Paixão por Santa Cruz

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Sérgio é natural de Porto Alegre, mas residiu por muitos anos em Santa Maria, onde ainda leciona. A relação com Santa Cruz começou por meio da filha Camila, que é policial civil na cidade. Quando ficou viúvo, há seis anos, ele chegou a morar por aqui durante um período, mas, por causa do trabalho, que envolvia viagens, voltou para Santa Maria. Com as mudanças impostas pela pandemia, as aulas on-line e a venda da casa, resolveu se estabelecer definitivamente em Santa Cruz, no final de 2020. “Assim fico perto da minha filha e posso curtir ainda mais os meus netos, Heitor e Aquiles. E também fico um pouco mais próximo do meu outro filho, Ricardo, que mora em Porto Alegre”.

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Ana, que é natural de Formigueiro, adotou Santa Cruz há bem mais tempo, 20 anos. Professora aposentada e divorciada, ela é mãe de Juliano, que reside em Cachoeira do Sul, e de Mateus, que está radicado em Curitiba, no Paraná.

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