Os registros de nascimentos e casamentos do ano passado parecem ter começado a voltar aos patamares de 2019, antes da pandemia, mas ainda foram menores do que naquele ano em Santa Cruz do Sul. As informações obtidas no Portal da Transparência do Registro Civil mostram que, em 2022, foram 8,69% nascimentos a menos do que em 2019. Já nos casamentos, a redução foi de 2% comparando-se 2022 com 2019.
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Apesar disso, os números em Santa Cruz são maiores do que em 2021, quando a sociedade ainda estava sob o impacto das restrições causadas pela pandemia de Covid-19. Naquele ano, no município, foram 1.563 nascimentos e 348 casamentos. Em 2022, foram registrados 0,12% mais nascimentos do que em 2021. No caso dos casamentos, foram 13,21% a mais em 2022.
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Venâncio Aires segue no mesmo ritmo de Santa Cruz. No que diz respeito aos nascimentos, o município registrou 13,13% a mais em 2022, no comparativo com 2021. Já nos casamentos, o aumento foi de 24,57%. Entretanto, assim como em Santa Cruz, Venâncio manteve os números de registros de recém-nascidos menores do que antes da pandemia. Na comparação de 2022 (pós-pandemia) com 2019 (pré), a diferença nos nascimentos é de 4,79%.
Diferente de Santa Cruz do Sul e de Venâncio Aires, o município de Rio Pardo registrou menor número de nascimentos e de casamentos em 2022 ante 2021. Nos primeiros, a redução foi de 3,26%; nos segundos, de 9,72%.
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O sociólogo Cesar Goes, professor-adjunto da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), explica que será preciso esperar pelo Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para saber de alterações mais estruturais e mais profundas da sociedade. “A tendência no Brasil, desde os anos 80, é de uma diminuição gradativa nos registros de nascimentos diante da formação de uma classe média mais estável, mesmo que em cenários de pobreza mais controversos como o nosso”, explica.
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De acordo com o profissional, é possível pensar que o dado mais significativo sejam os saltos em relação aos registros de casados e as diminuições dos nascimentos, mesmo que com pequena diferença. “Estes dados são consonantes com outras realidades, inclusive fora do País. Os casamentos foram represados pelas dificuldades cartoriais, mas sobretudo em função das comemorações. Temos que levar em consideração também que seguimos a tendência entre a dissociação do ato de casar do ato de procriar. Creio que entramos para uma década na qual teremos um alargamento desta tendência.”
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Ele finaliza dizendo que Santa Cruz do Sul e Venâncio são cidades médias e que atraem populações em busca da compatibilidade entre oportunidades de trabalho e qualidade de vida. “Isso impulsionará nosso aumento populacional, mas não significa de forma direta o aumento da população pela via reprodutiva”, acrescenta.
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