O fim de semana começou totalmente diferente em Santa Cruz do Sul. No sábado pela manhã, as ruas centrais da cidade, que normalmente estariam com as calçadas lotadas e intensa movimentação de pedestres e veículos, estavam praticamente vazias. A situação é consequência do decreto assinado pela prefeita Helena Hermany (PP) na sexta-feira, que determinou o fechamento do comércio não essencial e a restrição de circulação de pessoas nas ruas sem necessidade específica – o chamado lockdown.
Apesar de as novas regras permitirem o deslocamento apenas para fins de trabalho, busca de atendimento médico e compra de medicamentos, alimentos e outros itens básicos, a reportagem da Gazeta do Sul constatou que várias pessoas saíram às ruas para realizar exercícios físicos, passear com animais ou mesmo ficar nas praças – práticas que estavam proibidas. A força-tarefa composta pelas polícias e outros órgãos públicos trabalhou constantemente na fiscalização, com o objetivo de orientar a população a permanecer em casa. Na tarde de sábado, a circulação de pessoas e automóveis diminuiu muito.
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Nas ruas Marechal Floriano, Tenente Coronel Brito e Venâncio Aires, algumas das mais movimentadas do comércio santa-cruzense em tempos normais, o cenário remetia à segunda quinzena de março do ano passado – ainda na fase inicial da pandemia de Covid-19 –, quando o comércio não essencial também foi fechado. Contudo, naquele período não havia restrição para a circulação de pessoas, somente para o funcionamento das atividades econômicas.
Nos supermercados, por outro lado, a movimentação de clientes foi intensa ao longo do sábado. A quantidade de veículos nos estacionamentos e nas ruas do entorno denunciava a procura pelos estabelecimentos, que são considerados essenciais e podem funcionar, desde que sigam uma série de restrições. Além deles, as farmácias, pet shops e agropecuárias também estavam abertos, mas autorizados a vender somente medicamentos e produtos alimentícios. Algumas pessoas insistiram em permanecer nas praças da área central, inclusive retirando as fitas que isolavam os bancos para sentar.
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Para entender
Desde que a Prefeitura de Santa Cruz do Sul anunciou que seria decretado lockdown no município, ainda na quinta-feira, foram muitas as dúvidas acerca da medida. As perguntas aumentaram ainda mais, considerando que o governo do Estado determinou a classificação de todo o Rio Grande do Sul em bandeira preta no modelo de distanciamento controlado. Mas, afinal, o que significam e quais são as diferenças entre lockdown e bandeira preta?
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“Lockdown” é um termo em inglês que significa confinamento. A principal diferença entre as regras da bandeira preta e as desse sistema é que, no confinamento, além das restrições para o funcionamento de estabelecimentos, limita-se a circulação de pessoas nas ruas. Durante o fim de semana, em Santa Cruz e outros municípios que aderiram à medida, a população só podia sair de casa para situações essenciais, como ir ao supermercado ou à farmácia, abastecer o carro, buscar atendimento médico e ir para o trabalho (no caso de trabalhadores que atuem em atividades autorizadas durante o lockdown).
Pessoas que estiveram em espaços públicos sem motivo específico no período de lockdown foram abordadas pelos órgãos de segurança e orientadas a voltar para casa. O uso de máscara seguiu obrigatório em todos os locais públicos, abertos ou fechados, mas, mesmo de máscara, as pessoas não puderam circular pela cidade, a não ser para buscar serviços essenciais.
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Em casa
A movimentação na tarde de domingo foi pequena na parte central. A Praça Getúlio Vargas estava completamente deserta, e o mesmo também foi percebido na Praça Siegfried Heuser. Até a pista de skate e a academia ao ar livre, que costumam ter um grande público, estavam vazias. Nas ruas, um ou dois pedestres aproveitaram a calmaria com o uso de máscara para olhar as vitrines. A circulação de veículos foi bem menor do que o costumeiro no fim de uma tarde de domingo.
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