O nível de ofensas e intrigas político-judiciais aumentou demasiado. Quem utiliza e frequenta as redes sociais percebe que há uma batalha entre os defensores do atual governo e os opositores. Especialmente, tocante à pessoa do presidente. E face à interminável judicialização da política e o ativismo judicial dos tribunais, o conflito em curso também atinge os demais poderes, a exemplo do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). E, agora, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ultimamente, entre tais poderes de estado e respectivos membros, seja qual for a ação material ou afirmativa verbal, tudo, tudo merece imediato questionamento e contestação. Pior: “da cintura para baixo”, vale tudo! Entre atuantes cidadãos e simpatizantes, fanáticos ou não, há, todavia, a presença de “profissionais” patrocinados, ditos blogueiros. Resulta disso uma sistemática e planejada virulência verbal e provocativa que beira a insanidade, abundante em ofensas pessoais e distorção de dados e informações (fake news).
“Guerrilheiros” amadores ou profissionais, o fenômeno não é exclusividade nacional. É uma realidade irreversível. A internet e as redes sociais têm e continuarão tendo uma influência absoluta e definitiva. Em formas e consequências positivas e negativas.
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Continuará sendo meio de propagação de ações de informação e contra-informação, de fofocas e intrigas, de falsos dossiês, de destruição de reputações e currículos pessoais. Com ou sem investigações, com ou sem leis restritivas, com ou sem limitações de compartilhamento, com ou sem robotização de disseminação, as redes sociais continuarão sendo um campo de guerra.
Nesse sentido, ainda que para aplausos de alguns e irritação de outros, o voluntarismo e as ousadas ações judiciais dos ministros Luís Roberto Barroso (TSE) e Alexandre Moraes (STF) acirram demasiado os ânimos. A comunidade jurídica está dividida sobre a oportunidade e legalidade das ações dos respectivos ministros. Pessoalmente, alinho-me com aqueles que interpretam os recentes procedimentos como abusivos e invasivos, observadas as competências e as prerrogativas alheias previstas nas leis e na constituição.
Como exemplo, o caso Roberto Jefferson, pergunto: um sujeito folclórico e visivelmente senil, travestido de cowboy, pasmem! É uma ameaça à democracia?
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É caso de internação hospitalar. Ora, os ofendidos com aqueles e outros vídeos ridículos podem produzir uma ocorrência policial ou acionar o Ministério Público, simplesmente. A reação do ministro Moraes apenas fortaleceu a narrativa dos delirantes!
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