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“Não vamos deixar o produtor desamparado”, diz novo secretário nacional de Agricultura Familiar

Embora entenda como inevitável o avanço da campanha antitabagista e a redução no número de fumantes no país, o novo secretário nacional de Agricultura Familiar César Halum entende que o governo federal não pode deixar de oferecer apoio aos produtores de tabaco. Às vésperas da 9ª sessão da Conferência das Partes (COP 9), que gera receio em função de possíveis medidas hostis ao setor, Halum garantiu, em entrevista exclusiva à Gazeta do Sul, que o Ministério da Agricultura irá defender uma salvaguarda para os fumicultores.

Natural do Tocantins e ex-deputado federal, Halum está à frente da secretaria desde junho, quando Fernando Schwanke assumiu uma diretoria de um órgão ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA) na Costa Rica. Até então, Halum ocupava outra secretaria na pasta, a de Política Agrícola. Conhecedor da realidade do tabaco – é ex-prefeito de Rio Pardo, capital da Expoagro Afubra –, Schwanke era um aliado importante da cadeia junto ao governo.

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Na entrevista, Halum assegurou a manutenção de políticas de incentivo à produção fumageira, inclusive por meio de crédito, e afirmou que não adianta impor restrições ao setor sem controlar o contrabando. Também defendeu investimentos em pesquisa que apontem alternativas aos fumicultores.

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Prevista para novembro, a COP reúne os países que aderiram à Convenção-Quadro Para Controle do Tabaco, tratado internacional para conter o tabagismo no mundo. Na conferência, são discutidas estatégias para implementar as medidas previstas nesse acordo. Ações que atingem a produção já estiveram em debate em edições anteriores.

O setor de tabaco é historicamente muito combatido no Brasil. Qual a sua visão em relação à cadeia?
Nas últimas três décadas, o tabaco passou a ser muito combatido em função dos males que causa à saúde. Então, o Brasil começou a tomar medidas para diminuir os custos com tratamento de saúde pelo SUS e também para melhorar a qualidade de vida e aumentar a média de vida da população. Isso é algo que o setor tem que enfrentar. A nossa visão é de que é um setor que produz, que tem tradição e que há mais de 100 mil famílias que vivem dessa cadeia. O Ministério da Agricultura apoia toda produção primária.

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Natural do Tocantins e ex-deputado federal, Halum está à frente da secretaria desde junho

ENTREVISTA

O Ministério da Agricultura tem uma visão favorável à cadeia?

E como fica a “disputa” com outros setores do governo, como o Ministério da Saúde? É possível conciliar a preocupação com a saúde pública e a preservação do impacto econômico?

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Em novembro será realizada a COP 9. O governo brasileiro já tem conhecimento sobre o que pode estar em pauta no encontro?

Em muitas ocasiões, o setor de tabaco foi alijado das discussões sobre a posição do Brasil na COP. É possível garantir que dessa vez o setor será ouvido?

O senhor defende a diversificação. Como avançar em relação a isso?

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