Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir, por unanimidade, suspender o mandato de Eduardo Cunha e afastá-lo da presidência da Casa, o parlamentar concedeu uma entrevista coletiva e deixou claro não irá renunciar, “nem ao mandato e nem à presidência”. Ele ainda afirmou que irá recorrer da decisão, que entendeu como sendo uma retalização política pelo processo de impeachment.
“Eu cumpri minha função e eu cumpri com correção. Queriam que eu colocasse o processo de impeachment na gaveta, está havendo uma retaliação”, explicou Cunha. Segundo ele, isso acabará na semana que vem, quando o processo de impedimento de Dilma deve ser votado no Senado. “Se for da vontade de Deus teremos o afastamento da presidente da República”.
Cunha também rebateu as declarações da presidente desta quinta-feira e afirmou que “na quarta-feira que vem, vamos poder dizer ‘antes tarde do que nunca'” e afirmou que Dilma será afastada.
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Cunha ainda salientou que respeita a decisão da suprema corte brasileira, mas afirmou que duvida que “os outros dez ministros (além de Teori, o relator) tenham lido no detalhe o contraditório”. Ele ainda resaltou que a ação cautelar que pede seu afastamento foi movida no dia 16 de dezembro e que demorou seis meses para ser votada. “Não posso deixar de constestar e estranhar. Se houvesse urgência, por que demorou seis meses para apreciar a liminar?”, afirmou.
Questionado sobre o fato de ter obstruído o trabalho do Conselho de Ética com manobras, ele negou para depois atacar José Carlos Araújo (PR-BA). “Temos um presidente no Conselho de Ética de índole duvidosa e que busca os holofotes”, afirmou. Ele ainda garantiu que Araújo cometeu diversos erros que precisaram ser reparados, e por isso ele é acusado de realizar manobras e intervir.
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