Para você que dirige nas ruas de Santa Cruz do Sul, o meu pedido é somente um: não mude de faixa. Claro que isso não se aplica a motoristas que desejam converter à esquerda ou à direita, mas aos que pretendem continuar na mesma via e “costuram” o trânsito com o objetivo de chegar mais rápido ao destino. Nessa semana, enquanto me deslocava para a Gazeta, constatei que entre o cruzamento da Galvão Costa com a Tenente Coronel Brito, ao lado do Parque da Oktoberfest, e o semáforo da Tenente Coronel Brito com a Ramiro Barcelos, um veículo mudou de faixa 13 vezes.
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Apesar das imprudências e da velocidade imprimida pelo condutor, o esforço foi em vão. Ele acabou parado na sinaleira da Ramiro Barcelos e teve que aguardar junto com todos os demais carros e motocicletas que seguiram normalmente. É preciso entender que, em períodos de movimento intenso e ruas lotadas, o ato de mudar de faixa desnecessariamente contribui para tornar todo o fluxo mais lento e atrasar, assim, o deslocamento de todos os demais. Empatia, uma palavra tão cultuada nos dias atuais, parece faltar a alguns cidadãos quando estão atrás do volante.
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A Rua Tenente Coronel Brito, aliás, é um exemplo diário do comportamento incorreto não somente dos motoristas, mas também dos pedestres. E falo com a propriedade de quem passa pela via todos os dias; alguns deles de motocicleta, outros de carro e, com menos frequência, a pé. Uma das cenas mais comuns é ver veículos com o pisca-alerta ligado sem que haja uma razão plausível para isso, como um acidente ou uma falha mecânica. Pelo contrário, são motoristas que não encontraram uma vaga para estacionar e decidiram deixar o carro no meio da rua mesmo.
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Os pedestres não ficam para trás. Ora, em uma rua onde há semáforos em todas as esquinas com tempo exclusivo para a passagem de pedestres, não é admissível que alguns se arrisquem em meio aos carros para atravessar ao outro lado apenas para não caminhar alguns passos a mais. Há ainda aqueles que não respeitam o tempo e cruzam mesmo com o semáforo no vermelho, uma situação muito perigosa sobretudo nos cruzamentos onde os carros e motocicletas não conseguem ter boa visão a distância.
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A reflexão que proponho com todos esses exemplos é para que não tratemos o trânsito com individualismo, porque ele é essencialmente coletivo e a ação de cada um impacta diretamente os demais. Tudo isso se exacerba, e muito, se considerarmos que Santa Cruz do Sul é a terceira colocada no ranking estadual de veículos por habitante: são mais de 103 mil carros, motocicletas, caminhões e ônibus andando nas ruas do município.
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