O Grupo CasaNova se manifestou, nesta quinta-feira, 20, através de uma nota emitida pela sua assessoria jurídica, sobre as acusações feitas por uma família residente da Travessa Ilópolis, no Bairro Esmeralda, em Santa Cruz do Sul. Segundo os moradores, a recorrência dos alagamentos na residência seriam uma consequência da construção de um loteamento ao lado do imóvel, sob responsabilidade da empresa. No texto, porém, a construtora afirma que “isso é uma falácia”. “Não existe nenhuma prova que essas questões de alagamentos são responsabilidade da empresa ou que a empresa tenha causado”, afirma a nota.
O alagamento já havia ocorrido em dezembro do ano passado, quando a família perdeu praticamente todos os itens de dentro de casa. “Agora está tudo acontecendo de novo. Faz cinco meses que voltamos para casa”, lamentou Graciela Lenz Junkherr, de 43 anos, nessa quarta-feira, 19, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. Os ralos da casa estouraram, espalhando lodo por todos os ambientes. Além disso, a piscina nos fundos da residência se desprendeu e levantou acima do solo.
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A empresa reconheceu o problema ocorrido no ano passado e informou que ajudou os moradores atingidos. “Tanto que essa família teve a resolução de todos os problemas”, diz a nota. O Grupo CasaNova relatou ter restituído móveis, utensílios e alimentos, além de efetuar reparos na residência de Graciela.
Ainda, segundo a construtora, o principal problema do imóvel dela é que está situado em um ponto onde a drenagem foi tubulada. “É um problema, porque, a qualquer momento, quando esta tubulação não suportar as águas pluviais, pode arrebentar e alagar a residência. Motivo, inclusive, pelo qual a empresa orientou a moradora que não fizesse a instalação da piscina, pois a pressão da água a levantaria, o que de fato ocorreu neste novo episódio de maior volume de chuva”, detalha a nota.
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O documento ainda destaca que o empreendimento que o Grupo CasaNova está executando no Bairro Esmeralda não é lindeiro da residência afetada, tampouco da Travessa Ilópolis. Enfatiza também que a construção está licenciada e aprovada pelo Município.
Mesmo assim, em uma tentativa de resolver o impasse de forma definitiva, a CasaNova procurou o Município. “A empresa protocolou junto à Prefeitura uma sugestão de melhorias para o bairro e solicitação de reunião com a Secretaria de Obras e a Secretaria de Planejamento.” A equipe de reportagem do Portal Gaz entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Santa Cruz do Sul para saber qual o papel da Administração Municipal perante o impasse e aguarda retorno para atualização desta matéria.
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Leia a nota do Grupo CasaNova na íntegra:
“Com relação à moradora que procurou a Gazeta, realmente, em dezembro, passamos por um período de chuvas fortes, e houve alguns alagamentos na travessa Ilópolis. A Casa Nova de pronto, sem apurar responsabilidade ou sem apurar qualquer situação vinculada aos acontecimentos, entendeu a situação, se prontificou e ajudou os moradores atingidos.
Tanto que essa família que procurou a empresa e que foi atingida, retorno a dizer, sem verificar a real responsabilidade da empresa, teve a resolução de todos os problemas. Limpeza, restituição de todos os móveis e alimentos, e alguns utensílios que foram danificados, entre reparos na residência.
Ainda, a empresa prestou assistência aos demais moradores que procuraram a mesma.
Prosseguindo, e falando especificamente da moradora que procurou a Gazeta, é pertinente citar que a casa em questão está situada no talvegue da topografia da região, compondo naturalmente uma rede de drenagem da bacia, onde abaixo de sua casa, a drenagem foi tubulada, o que é um problema, porque a qualquer momento, quando esta tubulação não suportar as águas pluviais, pode arrebentar e alagar a residência. Motivo, inclusive, pelo qual a empresa orientou a moradora que não fizesse a instalação da piscina, pois a pressão da água a levantaria, o que de fato ocorreu neste novo episódio de maior volume de chuva.
Paralelamente a isso, se procurou o município para ter uma solução definitiva para o bairro, pois este bairro não é de hoje que enfrenta problemas com alagamentos, quando tem chuvas fortes.
Na ocasião, foi realizado um projeto e, às custas do Grupo Casa Nova, se alterou a direção da tubulação de desague pluvial do Loteamento da empresa, desviando para uma outra rede, que não mais passasse pela Travessa Ilópolis.
Outrossim, foi realizado um estudo nas redes de drenagem do município, e se descobriu que naquela área da Travessa Ilópolis não possui tubulações, ou seja, o município não tem sistema de drenagem nesta quadra, não existe uma colheita desta água pluvial, ou seja, sempre que tiver essas chuvas em grande volume, vai ocorrer estas situações.
A empresa protocolou junto à Prefeitura uma sugestão de melhorias para o bairro e solicitação de reunião com a secretaria de obras e a secretaria de planejamento, para que na próxima semana possa ser revisto a questão “redes de drenagem do bairro esmeralda”.
Dito tudo isso, importante frisar que não existe em nenhum lugar, nenhum documento ou nenhuma prova que essas questões de alagamentos são responsabilidade da empresa ou que a empresa tenha causado, isso é uma falácia.
De destacar que, antes da moradora procurar a Gazeta, a moradora procurou a empresa, sendo oferecido pela empresa uma limpeza da casa, mas ela não autorizou e disse que era uma cidadã e buscaria seus direitos.
Por fim, deve ser destacado que o empreendimento que o Grupo Casa Nova está executando no bairro esmeralda não é lindeiro das residências afetadas, muito menos da travessa Ilópolis, e está todo licenciado e aprovado pelo município, tendo sido seguida todas as normas. Logo, o empreendimento não tem nenhum problema que pudesse causar danos aos moradores do bairro, estando de acordo com a legislação aplicada para loteamentos.”
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