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Não há pressa para definir secretários, afirma Telmo

Faltando 15 dias para o fim do ano e enquanto a maioria dos governos eleitos em outubro já está com suas composições definidas, o prefeito de Santa Cruz do Sul Telmo Kirst (PP) repetiu ontem que não há previsão para o início do anúncio dos secretários municipais e que isso pode ocorrer apenas em janeiro.

A declaração foi dada ao fim da cerimônia de diplomação, pela Justiça Eleitoral, dos candidatos eleitos. A solenidade foi na Câmara de Vereadores. Telmo admitiu que deve fazer, ainda em dezembro, nova minirreforma administrativa que afetará a estrutura de cargos na Prefeitura, mas afirmou que só começará a tratar do assunto quando tiver certeza de que as contas do município fecharão com superavit. Já as nomeações devem mesmo ficar para depois. “Não há pressa para isso. Pode acontecer nesse ano ou início do ano que vem”, alegou.

Em 2012, quando foi eleito pela primeira vez, Telmo só começou a anunciar secretários na segunda quinzena de dezembro – e as últimas nomeações ocorreram horas antes da posse, no dia 1º de janeiro. Diferente daquela ocasião, porém, até agora Telmo não chamou nenhum líder partidário para conversar. 

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A alegação é de que está concentrado na pauta fiscal. Questionado sobre o tema, o prefeito alegou que, se o governo federal confirmar o repasse dos recursos referentes às multas do programa de repatriação (que inicialmente seriam partilhados apenas com os estados, mas agora a União acenou com a possibilidade de estender aos municípios), a expectativa é que as contas fechem com tranquilidade. “Se isso não ocorrer, é evidente que vamos ter que nos socorrer do IPTU. Mas o que eu gostaria era de conseguir fechar sem o IPTU”, concluiu.

Juíza diz que eleição mostrou “ganho de civilidade”

A cerimônia de diplomação durou menos de uma hora e não contou com pronunciamentos dos eleitos, apenas da juíza da 40ª Zona Eleitoral, Josiane Estivalet, que presidiu os trabalhos. A magistrada elogiou a postura dos candidatos e dos eleitores durante o pleito, alegando ter havido demonstrações de “maturidade democrática, espírito cívico e consciência ecológica como não se havia visto antes”. “No dia da eleição, vimos uma cidade praticamente limpa. Pouquíssimo era o material espalhado nas ruas. Tivemos um ganho de civilidade nessa eleição”, destacou. 

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Josiane pediu ainda que os eleitos deem atenção às minorias e às camadas da população que mais necessitam do poder público e que legislem e governem “para todos, e não para facções políticas”. “Democracia não se exaure no direito ao voto. Vai muito além”, afirmou, acrescentando ainda que o momento de crise no País vai exigir dos agentes públicos que “cumpram suas atividades com criatividade e retidão”.

Com o diploma em mãos, Telmo disse se sentir preparado para governar por mais quatro anos e afirmou que, no primeiro mandato, conseguiu superar “os grandes e importantes desafios que representavam entraves para a Prefeitura”, citando a dívida da AES Sul e o imbróglio do transporte urbano. Disse que isso ocorreu “em meio a uma crise brutal do País”. Além de Telmo e da vice-prefeita Helena Hermany (PP), foram diplomados os 17 vereadores eleitos e 18 suplentes, três para cada coligação.

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