A cada quatro anos, temos alguns meses de turbulência.
Denúncias anônimas, denúncias não anônimas, troca de acusações, passado revirado, presente revirado, agressões verbais, ameaças, cadeiradas, socos.
Entre alianças inesperadas e revelações de tirar o fôlego, mergulhamos no clima das eleições municipais.
Publicidade
O mais profundo e fiel retrato da realidade política brasileira. Às vezes um circo, às vezes um desfile bizarro, às vezes uma epifania, às vezes um nada.
A proximidade nos torna quase íntimos e, ao mesmo tempo, estranhos.
LEIA TAMBÉM: Não percamos a ternura
Publicidade
Inevitável olhar o parente, o amigo e se perguntar: o que é tão precioso que justifica entrar nessa arena de leões esfaimados? Bons propósitos? Desejo de contribuir com um mundo melhor? Dinheiro? Vaidade?
Minha amiga Maria E. se diverte assistindo à propaganda: “Há uns ‘eternos’ que sempre concorrem para dar legenda e se acomodar depois”.
O ceticismo dela se justifica. Sofremos uma quase coletiva descrença na política. E nos políticos.
Publicidade
Isso não é bom. Essa briga encarniçada deveria ser, de fato, um grande momento. Hora para repensar a cidade e seu futuro.
LEIA TAMBÉM: Aos distraídos
Mas que nada… é o show que impera. Mal nos recuperamos de uma notícia demolidora, nem sabemos ainda se ela é verdadeira ou falsa, e já surge outra.
Publicidade
Fulano que critica Sicrano que acusa Beltrano que ofende o X que desqualifica a Z que desafia o Y que reclama de todos os outros.
E assim vamos. Em meio ao salve-se quem puder, temos que decidir o voto.
Nem precisaria dizer, porque vocês já sabem. Decidir não está fácil.
Publicidade
LEIA MAIS TEXTOS DE ROSE ROMERO
Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙
This website uses cookies.