A Prefeitura de Santa Cruz do Sul assinou na tarde dessa segunda-feira, 25, dois termos de cooperação com a Caixa Econômica Federal (CEF). O valor de R$ 13 milhões será destinado para a elaboração de dois projetos de macrodrenagem. Um deles, com custo de R$ 8 milhões, vai contemplar o Bairro Várzea; o outro, de R$ 5 milhões, beneficiará os moradores do Centro e Santo Inácio. Os recursos são a fundo perdido, isto é, o Município não precisará pagar no futuro.
O superintendente de Rede da CEF, Cristiano Schumacher, salientou a importância de a instituição ser 100% pública, sem interferência externa. “Hoje conseguimos vir aqui, com o governo federal e a Prefeitura, fazer um anúncio que vai melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas.” Ressaltou o papel da instituição como meio para isso e citou como exemplo os financiamentos imobiliários. Por meio de programas como Minha Casa Minha Vida, 2,6 mil novos contratos são assinados todos os dias.
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Obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e linhas de crédito obtidas pelos municípios também destacam a importância da instituição para o desenvolvimento do País. “Estamos fazendo aquilo que precisamos fazer: ajudar os municípios e melhorar a vida das pessoas. Nós somos transformadores de realidade, esse precisa ser o nosso grande objetivo.”
O secretário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, ressaltou a importância de iniciativas de caráter preventivo. Ele classificou o momento como “simbólico” e enfatizou a atuação do governo federal, cujo aporte de recursos no Estado já ultrapassou R$ 50 bilhões desde os eventos climáticos extremos.
“Precisamos pensar em preservar a natureza e em como nos colocamos em um mundo que cresce muito rápido. Se não fizermos isso, não terá dinheiro que chegue para cuidar de tantas tragédias que vão se tornar cada vez mais frequentes”, frisou.
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A prefeita Helena Hermany recordou as ações tomadas para atender os atingidos pelas enchentes, bem como as obras para recuperação de áreas danificadas. Na compreensão dela, a atuação dos voluntários foi fundamental, mas é incorreto afirmar que somente eles foram os responsáveis pelo sucesso do trabalho.
Salientou que desde o ano passado, com base em um levantamento da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Prefeitura buscava recursos em Brasília. “É um estudo complexo, não é da noite para o dia que vamos resolver o problema da Várzea. Quem diz isso está mentindo, porque se trata de um problema muito grande e que vem de décadas.”
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Conforme Helena Hermany, o estudo elaborado por uma equipe da UFSM serviu para apresentar a demanda ao governo federal. Agora, os R$ 13 milhões alcançados pela Caixa Econômica Federal serão utilizados na elaboração dos dois projetos de macrodrenagem, para que sejam licitados posteriormente.
O custo estimado para a execução dessas obras é de R$ 260 milhões, cujo financiamento, acrescentou Helena, também está encaminhado junto à CEF. “O PAC da reconstrução possui muitos recursos e como nós já tínhamos o estudo, corremos na frente.”
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De acordo com a prefeita, em diferentes visitas a Brasília, os representantes do Município conseguiram chamar a atenção do governo federal para a importância dessas intervenções, a fim de acabar com um problema que há décadas provoca transtornos. “Diante da calamidade, eles se sensibilizaram e nós conseguimos concretizar esse grande investimento que será feito na Várzea.” Afirmou ainda que a atual gestão deixará tudo acertado e bastará ao próximo governo dar sequência ao trabalho.
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Um dos beneficiados pelas melhorias futuras será Anderson Raasch, de 43 anos. Morador do Bairro Várzea há mais de 40 anos, ele é o presidente da recém-fundada Associação dos Moradores do Navegantes e comemorou o anúncio.
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“Lutamos por isso desde o ano passado. Estamos à mercê das enchentes e precisamos que as taipas sejam reconstruídas”, comentou. Ele espera que essa movimentação dê resultado e sirva para acabar com o drama da comunidade.
“É uma situação muito triste, algumas pessoas voltaram e outras não têm coragem. Precisamos de uma solução.” De acordo com Raasch, o medo é constante e qualquer previsão de chuva é motivo de apreensão. “Assim que começam a cair os primeiros pingos, nós perdemos o sono e vamos para a barranca do rio olhar as réguas e ver como está a situação.”
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