Em mais uma edição do Projeto Gerir, realizado na última terça-feira, 26, o primeiro convidado a dar as boas-vindas foi o diretor de Relações Institucionais da Aegea Saneamento, Fabiano Dallazen. Ele parabenizou a Gazeta e seus parceiros por promoverem um projeto como o Gerir, cujos temas debatidos impactam diretamente a vida da população. “O investimento em infraestruturas, como energia elétrica, água, esgoto e estradas, é o que torna possível a melhora na qualidade de vida nas cidades.”
Lembrou ainda do sucesso nas tratativas com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul para a assinatura do termo aditivo de contrato para a concessão dos serviços de saneamento nos municípios. Dallazen ressaltou a importância das concessões dos serviços essenciais à iniciativa privada e disse que a população pode esperar melhoria nos serviços de saneamento nos próximos anos. “Toda mudança enseja resistência, coragem, muito trabalho e, principalmente, planejamento não só para mudar, mas para fazer o acompanhamento do contrato.”
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Reforçou que uma concessão desse porte, por ter duração de várias décadas, não nasce pronta e precisa passar por adequações ao longo do tempo. “Eu não canso de dizer que não basta apenas cumprir o contrato, isso é o mínimo. Precisa também se integrar, fazer parte da comunidade e compartilhar os seus valores.”
Tratou ainda sobre a baixa cobertura de coleta e tratamento de esgoto no Rio Grande do Sul, cuja média está em torno de 20%, ante os 33% em nível nacional. Esses números são considerados preocupantes, visto que o Marco Legal do Saneamento prevê que 99% da população brasileira tenha acesso a água potável e 90% tenha coleta e tratamento de esgoto até 2033.
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Apresentou também alguns dados do Sistema Nacional de Saneamento que mostram que 30 milhões de brasileiros ainda não têm água potável nas torneiras e 100 milhões não têm coleta e tratamento de esgoto nas residências. “Isso provoca um impacto brutal na saúde, desenvolvimento das cidades e área ambiental. Tudo isso será beneficiado com investimentos em saneamento.”
Ainda no caso do Rio Grande do Sul, na média de todos os municípios atendidos pela Corsan, o fornecimento de água chega a 97% da população, mas as perdas ultrapassam os 42%. “É um índice estratosférico. Precisamos de um investimento na ordem dos R$ 15 bilhões para reduzir essas perdas e executar as obras necessárias para atingir as metas”, afirmou o diretora da Aegea.
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Essas intervenções exigirão mão de obra e, por consequência, vão gerar empregos. Um estudo feito pelo Trata Brasil especificamente sobre o Rio Grande do Sul mostra que a cada R$ 1 bilhão investido, 5 mil empregos diretos são gerados na cadeia do saneamento e outros 47 mil indiretos. Até 2033, a Aegea planeja investir os R$ 15 bilhões citados pelo diretor de Relações Institucionais.
Questionado pelo mediador Ronaldo Falkenback sobre como a Aegea pretende realizar tantas obras em Santa Cruz sem comprometer a mobilidade urbana, Dallazen ressaltou que isso exige planejamento e comunicação com a Prefeitura e a população. “As pessoas precisam saber onde haverá intervenções e quanto tempo vai demorar.” Além disso, a empresa vai investir em tecnologias para diminuir o máximo possível os impactos. “Ninguém gosta de ter a frente da sua casa interditada e a sua calçada quebrada, mas é preciso entender os benefícios que aquilo vai trazer.”
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