A Gazeta Grupo de Comunicações realizou nessa segunda-feira, 29, uma entrevista exclusiva com o ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta. Durante mais de uma hora ele abordou questões como os recursos para famílias atingidas pelas cheias, financiamentos subsidiados para empresas e a medida provisória – que será detalhada nesta terça-feira, 30, Paulo Pimenta anuncia mais recursos para o Estado– para beneficiar o agronegócio gaúcho.
ASSISTA: Veja como foi a entrevista exclusiva com o ministro Paulo Pimenta
Na entrevista, questionado pelo comunicador Lucas Malheiros, o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, respondeu ao prefeito Jarbas da Rosa, de Venâncio Aires, que fez vídeo cobrando o pagamento do Auxílio Reconstrução e outros recursos anunciados pelo governo federal para municípios gaúchos. Na publicação em seu Instagram, no dia 21 de julho, o gestor municipal alegou que mais de 2 mil famílias não receberam o benefício, no que chamou de “incompetência do governo federal”. Ainda, disse que o município entraria com uma ação civil pública no Ministério Público Federal. O vídeo teve mais de 21 mil visualizações e mais de 650 curtidas.
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“No momento da dificuldade, cada um de nós tem que ter noção da sua responsabilidade e de seu papel”, respondeu Pimenta. Em seguida, fez uma analogia. “Se estivermos em um avião e houver turbulência, e os passageiros começarem a gritar, desesperados, é normal. Agora, o piloto não pode sair para o corredor e gritar como se fosse mais um passageiro. Eu, como ministro; o governador; o prefeito; temos responsabilidade, não podemos nos portar como passageiros. Temos que ver onde tem o problema e resolver. Vamos trabalhar com a vida real e não fazer demagogia. O meu papel é ajudar a resolver os problemas. Não adianta ficar gritando, fazendo videozinho.”
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Paulo Pimenta reforçou que o seu ministério não é executor. Ele faz os encaminhamentos para contratação dos recursos em diferentes áreas e cada ministério irá tocar os projetos. “O financiamento agrícola deverá estar resolvido, estamos em fase adiantada para firmar contratos em cada uma das áreas. Na semana passada liberamos recursos importantes para empresas, e a partir de hoje [segunda-feira, 29], mais R$ 2,5 bilhões no Pronampe. E a partir da semana que vem, as primeiras contratações para a questão das casas”, disse. Depois dessas ações, ele deve voltar a Brasília, mas sempre com a supervisão das resoluções de reconstrução do Estado.
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O ministro explicou ao prefeito de Rio Pardo, Rogério Monteiro, que muitas negativas ocorrem em casos de pedidos unipessoais – ou seja, apenas um residente na moradia. Além disso, esclareceu que a base de dados utilizada para autorização é a que estava no Cadastro Único no dia 11 de maio. Qualquer alteração depois disso resulta em negativa do sistema.
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“Aqui no interior, temos locais que não têm numeração. Se pega uma localidade com 40 famílias que não tem número, quando coloca todos sem número, o sistema entende que todos moram juntos e bloqueia. E tem um servidor público que terá que colocar o CPF para autorizar o pagamento. Ele não pode fazer isso. Tem a energia elétrica e tem o número da unidade de consumidor de energia. Se cadastrar esse dado, em 48 horas recebe. Se tiver mais de uma casa no mesmo terreno, usa o número e coloca A, B, C para cada unidade.
Precisamos da informação correta. Há casos de famílias que receberam em uma cidade e vão tentar noutra, mas não é o caso daqui. Na medida em que as prefeituras individualizarem as informações, vão receber o pagamento. Inclusive prorrogamos para novas. Para ajustar o endereço, não tem prazo.”
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