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Futsal de Rio Pardo

Nadas Branco está pronto para escrever novo capítulo na história de 26 anos

Foto: Marília Nascimento

Nadas Branco está unido em busca da taça na Série C

O Nadas Branco vai escrever mais um capítulo em sua história neste sábado, 2, a partir das 20 horas, no Ginásio Paulo César de Castro. O Galo rio-pardense vai enfrentar a Associação Sempre Amigos de Futsal (Asaf) na decisão do título da Série C do Gauchão de futsal. No primeiro jogo, vitória da Asaf por 5 a 0 em Campos Borges. Para levantar a taça, o Nadas Branco precisa vencer no tempo normal e na prorrogação. Em caso de empate no tempo extra, a definição será nos pênaltis.

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Entre 2018 e 2022, o Nadas Branco disputou a Série B. O acesso em 2017 veio com o vice-campeonato da então chamada Série Bronze, em duelo contra a Associação Marauense de Futsal (AMF) na final. Em 2018, a equipe rio-pardense chegou nas quartas de final da Série Prata e foi eliminada pela Associação Boavistense de Esporte, Lazer e Cultura (Abelc), de Boa Vista do Buricá. Em 2019, a competição passou a ser chamada de Liga Gaúcha 2. A eliminação foi novamente nas quartas de final, pelo Horizontina. Em 2020, as competições sofreram paralisações e alterações por conta da pandemia e o Nadas Branco não disputou. Em 2021, o time rio-pardense caiu na segunda fase em confronto contra Novo Barreiro. Em 2022, o Nadas Branco deixou o torneio na segunda fase, ao ser último colocado do grupo.

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Anúncio difícil

Em 2023, a direção do Nadas Branco decidiu que a equipe iria disputar a Série C por questões financeiras. O entendimento era de que não teria condições de bancar os custos na divisão em que estava. Foi um anúncio difícil, mas necessário pelas circunstâncias. Diogo Paz, atleta e fundador do clube, ao lado do pai Marco Antônio Andrade Paz, explica que é importante inscrever a equipe nos projetos de lei de incentivo para dar viabilidade econômica nas próximas temporadas.

“Precisamos de uma faixa de R$ 200 mil para jogar na Série B. Contamos com patrocinadores, sócios e apoio da Prefeitura. Ainda temos venda de alguns produtos. Vamos precisar incrementar a receita para o próximo ano. Mas, se temos o sonho de jogar na Série A, o custo vai para R$ 500 mil. Precisamos de estrutura para pensar em passos maiores”, destaca Diogo.

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Brincadeira que virou coisa séria

A história do Nadas Branco começa em 1997. Na época, Diogo tinha seis anos. Na incipiente era tecnológica, o futebol de botão ainda era popular entre as crianças. As peças do garoto eram simples e sem escudo. O time, por essas características, foi batizado de Nadas Branco. O irmão mais velho, Diego, então com nove anos, já participava da escolinha de futsal. A família decidiu criar um time para disputar as competições de base. O nome já estava destinado a ser o mesmo do jogo de botão: Nadas Branco.

Para Marco, ver o patamar alcançado pela equipe é motivo de orgulho. O time da família Paz tornou-se símbolo esportivo do município. Conta até com torcida organizada, a Galoucura, emprestado do gigante Atlético-MG dos gramados. Outra alegria é o fato de seis atletas da base já estarem integrados ao elenco profissional. A escolinha conta com 200 alunos e conquistou títulos no sub-11, sub-13 e sub-15 na Nossa Liga Futsal (NLF) neste ano.

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Paulinho Rocha é o comandante do Nadas Branco desde 2017
Foto: Marília Nascimento

Longevidade na casamata

Paulinho Rocha é treinador do Nadas Branco desde 2017. Ele já havia sido convidado pelo clube, mas estava vinculado à Associação Passo-Sobradense de Futsal (APF). A chegada foi em grande estilo. Em uma campanha exitosa, colocou a equipe na Série Prata da época. Para ele, um dos segredos da equipe é a manutenção do elenco e a amizade desenvolvida entre os jogadores, que ajuda a manter o fator emocional fortalecido. A harmonia favorece em quadra. Os números apontam que o Nadas Branco é o time mais disciplinado da competição.

“Eles são muito unidos. Gosto muito de trabalhar com eles. É um prazer estar aqui nestes seis anos. Compartilham os erros e acertos da mesma maneira. Um torce pelo outro”, destaca. Após a derrota no jogo de ida, Paulinho está confiante para a reversão em casa. “Foi uma atuação para esquecer. Chegamos na final com nove vitórias seguidas. Vamos enfrentar um time competitivo e de muita qualidade, mas teremos o apoio da torcida, que tem sido fundamental ao lotar o ginásio. O apoio da Rádio Rio Pardo FM 103,5 também é importante para nós”, sublinha o treinador.

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Temporada inesquecível

Além da possibilidade de título na Série C do Gauchão, o Nadas Branco foi vice da Taça Farroupilha – Região Central. A maioria dos atletas é de Rio Pardo e Pantano Grande. Alguns estão desde 2017, como os casos do capitão Diogo, Nenesto, Maurício e Marcelinho. Rio-pardense do futebol de campo, campeão pelo Santa Cruz e acertado para atuar no Guarany de Bagé em 2024, David Cunha foi um reforço neste ano. “É muito diferente do que faço no campo, uma nova experiência. Estou gostando muito. É bom estar com os amigos, que sempre me acolhem muito bem”, comentou o jogador de 28 anos.

O caxiense Rafael Adami, de carreira internacional no futsal, aceitou o desafio de defender o Nadas Branco por conta da esposa Marília, de Rio Pardo. “Entro em quadra com muita vontade de ajudar. É bonito ver como a comunidade presta apoio ao time. Meu objetivo sempre foi ser campeão para retribuir todo esse carinho da cidade”, disse o atleta de 36 anos. Aos 23 anos, William do Carmo é o vice-artilheiro da competição com 23 gols. Após uma grave lesão no ligamento posterior do joelho direito, o encruzilhadense é uma das referências no elenco. “Nosso time é uma família. A maioria se conhece há muito tempo. É gratificante jogar ao lado deles. Nunca deixamos faltar raça. É lindo ver o ginásio cheio”, observou.

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Elenco do Nadas Branco trabalha firme para a decisão
Foto: Marília Nascimento

Campanha

Na primeira fase, o Nadas Branco foi líder no grupo D com 22 pontos em dez jogos. Foram sete vitórias, um empate e duas derrotas. Nas oitavas de final, foram duas vitórias diante da Associação Gaúcha de Esportes e Cultura (Agec), de Gravataí, por 6 a 1 e 5 a 0. Depois, nas quartas de final, mais duas vitórias contra o Trianon, de Canguçu, por 4 a 1 e 7 a 4.

Na semifinal, mais duas vitórias diante da Associação Cultural e Esportiva Filtradores (Acef), de Bom Princípio, por 5 a 4 e 3 a 2. Na final, o primeiro jogo terminou com derrota por 5 a 0 contra a Associação Sempre Amigos de Futsal (Asaf), em Campos Borges. No sábado, 2, Rio Pardo vai receber a primeira final estadual em esportes coletivos da história do município.

Elenco: Eduardo Serafini, Murilo Lau, Marcelinho Petry, Rafael Adami, David Cunha, Gregori Veber, Jean Varela, Kauê Oleques, Meujael, Nenesto Vargas, Maurício Petry, Diogo Paz, Tom, Fillipo, William do Carmo, Murilo Peters.

Comissão técnica: Paulo Rocha (treinador), Aillyn Pires (preparadora física), Lauro Custódio (fisioterapeuta), Bruno Sperotto (preparador de goleiros) e João Cleber Galvão (roupeiro).

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