Verdade que ninguém sabe quanto tempo vai durar a pandemia, nem quando teremos a indispensável vacina. Porém, este desconhecimento não tem impedido, nem inibido, desde já, a formulação de várias hipóteses do que poderá suceder futuramente.
Ao longo desta profunda imersão residencial e espiritual, literalmente falando, todos se fazem perguntas e mais perguntas. Que mundo emergirá? Que ideias prevalecerão? Continuaremos iguais em nossos defeitos pessoais e sociais? Ou seremos melhores no trato das questões existenciais e comunitárias?
No caso brasileiro, em se tratando de administração pública, e sem prejuízo de encaminhamento e solução das demais carências estruturais, ficou evidente a urgência e a emergência de um vigoroso plano nacional de saneamento básico e qualificação do SUS. Ou alguém tem dúvidas de que outros surtos pandêmicos surgirão?
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A desocupação produtiva e a carência financeira de milhões de brasileiros, fruto do desemprego corrente e da própria pandemia, e sua corrida às agências bancárias e lotéricas em busca do socorro emergencial, revelou a dimensão da pobreza nacional.
Se bem sucedidas as respectivas inscrições, pessoais e documentais, os controles e os pagamentos, resultará um precioso acervo de informações sociais e econômicas acerca do contigente humano e populacional mais fragilizado de nossa sociedade.
Serão dados estatísticos que provocarão perguntas novas e urgentes respostas de todos os entes federativos do estado brasileiro. Pensando de modo otimista, poderão motivar e determinar uma ruptura e ressignificação qualitativa das ações de governo, assim como as conhecemos até os dias de hoje.
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Outra questão que emergirá, nacional e mundialmente, diz respeito ao futuro da globalização industrial e comercial. Com certeza, haverá uma desaceleração expressiva, notadamente voltada às relações com a China. Provavelmente, as demais nações e seus governos passarão a incentivar a produção local.
Afinal, sem entrar no mérito de possíveis teorias conspiratórias, a verdade é que o mundo (!) ficou chocado com o tamanho da dependência de insumos e equipamentos médicos fornecidos pela China. Ficaram evidentes a fragilidade e a insegurança do ocidente!
Se ainda não formulamos todas as perguntas possíveis, e pela mesma razão que não imaginamos todas as respostas cabíveis e soluções realizáveis, algo, porém, parece certo: nada será como antes!
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