Na última partida antes da estreia na Copa América, a seleção brasileira conquistou a maior goleada na era Tite. Diante de Honduras, rival frágil e que teve um jogador expulso no primeiro tempo, o time marcou forte, jogou coletivamente e mostrou variação de jogadas ofensivas para construir a goleada de 7 a 0 com grande facilidade. O time ainda acertou duas bolas na trave com Philippe Coutinho. Na sexta-feira, o Brasil estreia no torneio sul-americano diante da Bolívia, às 21h30, no estádio do Morumbi.
Com a goleada, a seleção vira uma página conturbada. Neymar perdeu a braçadeira de capitão após empurrar um jogador do PSG. Em maio, foi acusado de estupro, o que deixou o ambiente carregado na Granja Comary. O atacante foi cortado por ruptura do ligamento do tornozelo direito.
Sem Neymar, o Brasil foi obrigado a dividir a responsabilidade na armação dos ataques. A fragilidade do rival facilitou a movimentação dos atacantes e o jogo ofensivo fluiu com domínio avassalador: o índice de posse de bola da seleção era de 80% na metade do primeiro tempo. A equipe procurou sufocar o adversário, com marcação na saída de bola, e diversificar os ataques pelos lados do campo.
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Com isso, o time já vencia por 2 a 0 aos 12 minutos do primeiro tempo. Foram dois gols de cabeça. O primeiro nasceu de uma bela jogada de Richarlison, que fez tabela com Daniel Alves. A finalização de Gabriel Jesus foi precisa. O segundo gol foi feito por Thiago Silva, após escanteio de Philippe Coutinho. Jogada ensaiada com cruzamento na primeira trave que deu certo.
O terceiro gol saiu no final do primeiro tempo. Richarlison sofreu pênalti após outra boa jogada individual. Na cobrança, Coutinho marcou e começou a construir a goleada. O gol marcado deixou em relevo a boa atuação do meia do PSG e iniciou uma sequência de bons lances. Ele acertou duas bolas na trave em chutes de fora da área, o segundo quase foi no ângulo.
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Ao contrário do que havia acontecido diante do Catar, quando diminuiu o ritmo, a equipe continuou forçando o jogo no segundo tempo. Após lançamento de Fernandinho para Richarlison escorou com inteligência para Gabriel Jesus marcar. O goleiro falhou no lance. O quinto gol foi saiu após um contra-ataque clássico. Em pouco lances, a equipe roubou a bola na defesa, Filipe Luís tocou para David Neres, que avançou e finalizou com categoria. Foi seu primeiro gol na seleção.
No segundo tempo, Tite testou praticamente todas as opções ofensivas e escalou todos os jogadores disponíveis. Isso manteve a atuação intensa e objetiva. E saíram mais gols: Firmino anotou com estilo na saída do goleiro aos 19 e Richarlison mostrou seu oportunismo aos 24, definindo o placar da maior goleada da era Tite.
Após disputar o seu último amistoso de preparação para a Copa América, o Brasil fará o jogo de abertura da competição na próximas sexta-feira, no estádio do Morumbi, em São Paulo. Depois disso, encara a Venezuela, no dia 18, na Arena Fonte Nova, em Salvador, e fecha campanha na primeira fase do torneio diante do Peru, no dia 22, na Arena Corinthians, também na capital paulista.
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FICHA TÉCNICA
BRASIL 7 X 0 HONDURAS
BRASIL – Alison; Daniel Alves, Marquinhos (Militão), Thiago Silva (Miranda) e Filipe Luís; Casemiro (Fernandinho), Arthur (Alan) e Phillipe Coutinho (Everton); David Neres, Gabriel Jesus (Firmino) e Richarlison. Técnico: Tite.
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HONDURAS – Luis López; Crisanto, Henry Figueroa, Maynor Figueroa e Izaguirre (Alvarado); Garrido (Castellanos), Acosta e Alexander López (Béckeles); Elis, Rojas (Chirinos)e Quioto. Técnico: Fabián Coito.
GOLS – Gabriel Jesus, aos 6, Thiago Silva, aos 12, e Phillipe Coutinho, aos 37 minutos do primeiro tempo; Gabriel Jesus, a 1, David Neres, aos 10, Firmino, aos 19, e Richarlison, aos 24 do segundo.
ÁRBITRO – Andrés Cunha (URU).
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CARTÕES AMARELOS – Casemiro (Brasil); Rojas (Honduras).
CARTÃO AMARELO – Quioto (Honduras).
PÚBLICO – 16.521 pagantes.
RENDA – R$ 1.202.890,00
LOCAL – Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).
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