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Na eleição, observe as redes sociais

Tem início hoje, 9, – e se estende até 12 de novembro – o período de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. É voz corrente que o nível tem sido baixo nos últimos pleitos, o mesmo ocorrendo fora da campanha eleitoral, principalmente através das redes sociais.

O advento inédito da pandemia poderia (e deveria) tornar-se motivo para sensibilizar os envolvidos na disputa de 15 de novembro. No pico da crise sanitária proliferaram mensagens de paz, harmonia e de empatia, mas os primeiros indícios eleitorais indicam a direção oposta da gentileza.

Enquanto os candidatos estão em estúdios, muitas vezes improvisados, para gravar suas participações nos meios de comunicação eletrônicos, muitos colaboradores disparam canhões de ofensas e baixarias por meio das redes sociais. Elas não fomentaram o aumento de idiotas, mas deram a eles vez, voz e espaço capaz de fazer ecoar mundo afora calúnias e difamações em doses cavalares.

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O eleitor precisa ficar atento para não ser engambelado pela desculpa de que o candidato não pode controlar todos os seus simpatizantes que usam a comunicação moderna para atacar adversários. E até parceiros, através do consagrado “fogo amigo”. É preciso implementar controles capazes de evitar a massificação de ataques, muitas vezes de cunho pessoal, que envergonham o processo eleitoral.

O pretendente a cargo eletivo incapaz de controlar sua tropa de choque não merece o voto, essa procuração concedida pelo eleitor na urna eletrônica. Há muitos anos escrevo que o cidadão precisa não só votar, mas acompanhar a trajetória de seu candidato. A tecnologia permite essa fiscalização, que deve ser exercida para que não ocorram desvios. Muitas pessoas sequer recordam o voto do último pleito, o que é lamentável. Mas é compreensível em um país onde o voto é obrigatório e os políticos dão razão à mídia que só critica e acha defeitos na atividade pública.

Observar os conteúdos que circulam nas redes sociais é apenas uma das armas que possuímos para conhecer os candidatos. Há outras, que devem ser empregadas para não sermos enganados.

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