Trabalhar como autônomo, a partir do registro como Microempreendedor Individual, foi a opção encontrada por Estevan Anton, 36 anos. E tem dado certo. Mas é preciso estar atento ao desempenho de caixa, cadastrar o que entra e o que sai para que não se gaste demais. Assim, tem conseguido se manter financeiramente, além de manter a satisfação de fazer o que gosta. A atuação na área de transporte não começou atrás do volante. Seu primeiro emprego foi em uma empresa de logística em Araguari, Santa Catarina. A organização levava grãos para as áreas portuárias, o que fez com que ele passasse a conhecer estados como São Paulo e Paraná.
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Em 2009, retornou para Santa Cruz do Sul, onde surgiu a oportunidade como ajudante de carga e descarga em transportadora local. “Em três meses fui promovido. Depois, completando um ano de firma, passei a cuidar da logística de entrega”, recorda. A evolução profissional não pararia por aí. Em 2017, Anton foi convidado a assumir uma das unidades, em Uruguaiana. Excelente para sua carreira, mas prejudicial para a saúde. Distante da família e dos amigos, adoeceu. Logo, acabou sendo afastado.
Vítima dos problemas econômicos decorrentes da pandemia, ele viu as chances de trabalho sumirem. A opção foi agir por conta própria e com o suporte da tecnologia. Tornou-se motorista por aplicativo. Depois de ver o transporte de grãos e muitas outras cargas, Anton passou a levar pessoas.
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No volante, Estevan Anton tem a percepção do empreendedor. “Atendimento de qualidade é fundamental, em especial, a pontualidade. Isso gera credibilidade”, afirma. Essa sensação é ampliada porque presta serviços para a empresa local Embarca Drive, o que permite maior aproximação dos condutores e dos clientes que utilizam seus serviços.
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“Indiferentemente da plataforma, a qualidade é fundamental. Você é avaliado e a plataforma identifica e acompanha esse desempenho, além de orientar quando o motorista está se prontificando e utilizar o aplicativo”, conta. Os passageiros, claro, ficam atentos à questão dos valores, mas também querem ser bem atendidos. Um dos diferenciais, que tem chamado a atenção de quem usa, é o baixo número de corridas canceladas por quem presta serviços à empresa local. “Quando é feita a solicitação, aparece onde a pessoa deve ser buscada, para onde vai e qual o valor, então só é aceito se atende nossa projeção. Isso evita os cancelamentos”, explica.
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O trabalho autônomo faz com que o motorista escolha seu horário. Anton inicia às 6 horas e segue até por volta das 14h30. Depois de um descanso, às 17 horas retorna para mais uma etapa até as 20h30. No sábado, fica na ativa durante os períodos de maior fluxo. Toda essa movimentação faz com que percorra, em suas corridas, cerca de 4 mil quilômetros por mês. “Nossa vida é cíclica, cheguei até onde podia nas empresas em que trabalhei, agora, tenho disponibilidade de horários e prazer no que faço. Isso motiva a gente!”, resume.
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Edição: Dejair Machado (dejair@gazetadosul.com.br)
Textos: Dejair Machado, Marcio Souza, Marisa Lorenzoni e Romar Beling
Diagramação: Rodrigo Sperb
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