Proporcionar momentos só para elas, para relaxar e cuidar de si. Esse é um dos objetivos da nova atividade do grupo de mães da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Santa Cruz do Sul. As aulas de ioga, ministradas pelas instrutoras voluntárias Rosana Bischoff e Juliana Weigel, são realizadas há pouco mais de um mês e já têm grande adesão por parte das mães de alunos.
A assistente social da Apae, Inês Pereira, explica que a iniciativa vai ao encontro do objetivo da instituição: acolher os atendidos, mas também os familiares. “A acolhida ao grupo de mães é essencial para nosso trabalho, porque a parte da assistência social é a principal porta de entrada a todos os nossos atendidos. A pessoa tem que se sentir confortável, é preciso fazer uma desconstrução de todos os obstáculos que são impostos pela deficiência para essas famílias”, destaca. “Isso começa por essa sensibilização, acolhendo, tentando levantar a autoestima dessa mãe”.
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Ainda de acordo com a profissional, as mães acabam por fazer parte da rotina da Apae de Santa Cruz, já que algumas auxiliam na cozinha, outras participam do artesanato e demais atividades. “A ioga é um grupo de encontro para esse momento especial delas, de buscar um amparo, pois elas vivem 24 horas de cuidados com os filhos. Foi muito importante fazer esse reencontro porque elas estavam precisando. O isolamento foi um período bem angustiante, sem contato delas com a sociedade e a rede de apoio. Isso também dificultou bastante para elas”, completa.
A instrutora Rosana Bischoff, de 35 anos, comenta que a amiga e também instrutora de ioga, Juliana Weigel, resolveu utilizar o conhecimento para disseminar os benefícios da prática para outras pessoas, de forma voluntária. “Minha sogra é voluntária na Apae, e a Ju, como é minha amiga, veio com a ideia de fazer algum trabalho em uma entidade. Eu logo pensei na Apae, um lugar tão lindo e que sabemos que acolhe as mães tão bem”, resume Rosana.
Ela conta que é incrível ver a evolução das alunas com o passar do tempo. “Em uma das primeiras aulas foi muito legal, sentimos uma entrega, uma abertura tão grande delas. Elas chegaram aqui e não conseguiam fechar os olhos e respirar, porque é muita carga que carregam todos os dias, emocional e fisicamente. Houve um processo evolutivo lindo, elas se entregam, conseguem ter mais mobilidade, foco, flexibilidade”.
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Uma das mães que participam do grupo é Solange Inês Loebens, de 53 anos. Uma das filhas, de 22 anos, possui atrofia cerebral e é atendida pela Apae. Na avaliação dela, a iniciativa foi excelente. “A Apae entende que não são só os alunos que precisam de atendimento, os pais e mães também. E a ioga é uma coisa surpreendente, a gente sai bem melhor depois, renova a gente, é um momento nosso que não tínhamos. Vivemos 24 horas em função de nossos filhos e ter um momento teu, com profissionais que conseguem te conduzir, é excelente”, relata Solange.
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