O último boletim da Vigilância Sanitária aponta que Santa Cruz do Sul confirmou 37 casos de dengue neste ano. Destes, 16 são de moradores do Bairro Progresso. O alto índice de ocorrências, representando, em apenas uma área, quase metade dos registros do município, motivou a realização de um mutirão de limpeza e combate ao mosquito Aedes aegypti.
O pente-fino foi feito no sábado, 26, coordenado pela Secretaria Municipal da Saúde, com apoio das secretarias de Obras e Infraestrutura, Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB). Participaram 11 agentes de combate às endemias, dez agentes comunitários de saúde e 20 soldados do BIB, que percorreram o Progresso e o Corredor Zanete.
Foram usados uma retroescavadeira, dois caminhões e três picapes, que possibilitaram a coleta de entulhos retirados dos imóveis. Um dos diferenciais da operação foi o uso de três aspiradores entomológicos elétricos. O equipamento é mais uma arma no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Com ele, é possível aspirar os insetos, diminuindo a população adulta sem o uso de inseticidas. O aparelho foi usado durante os bloqueios de transmissão, no entorno de imóveis com casos suspeitos e confirmados de dengue.
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A secretária de Saúde, Daniela Dumke, explica que o bairro é uma das principais áreas de ocorrência de dengue no município. “Queremos minimizar a proliferação do mosquito nas comunidades, com a retirada de entulho e a conscientização da comunidade.” Daniela reforça que o principal instrumento para combater o Aedes aegypti é a sensibilização dos moradores para a necessidade de manter as áreas limpas, evitando acúmulo de água parada.
A coordenadora de Vigilância e Ações em Saúde, Francine Braga, acescenta que o bairro foi escolhido por apresentar uma grande incidência de casos positivos para a doença. Por isso, até mesmo residências que se encontravam desocupadas foram verificadas. Um chaveiro era chamado para abrir o imóvel e, com a presença da Guarda Municipal e de um fiscal da Vigilância, a casa recebia inspeção.
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Unisc vai mapear os focos do mosquito em Vera Cruz
A partir de abril, uma pesquisa realizada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) inicia o monitoramento do mosquito Aedes aegypti no município de Vera Cruz. A proposta faz parte do projeto Inova RS, subprojeto de Arboviroses.
No último dia 18, uma comitiva da universidade, liderada por professores e coordenadores de cursos da área da saúde e tecnologia, esteve em Vera Cruz para discutir ações vinculadas ao projeto. O assunto foi debatido com a secretária municipal de Saúde, Clair Tornquist, e com a equipe de Vigilância Sanitária do município, entre outros colaboradores.
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Segundo uma das responsáveis pelo projeto, professora Lia Gonçalvez Possuelo, a ideia é entender como se dá a presença dos vetores de transmissão da dengue na cidade. “Vamos instalar armadilhas em diferentes pontos de Vera Cruz para capturar mosquitos adultos, enviar para análise laboratorial e identificar se nesses insetos há presença do vírus causador da doença. O foco é identificar o mosquito com dengue, mas o projeto pode ser estendido, futuramente, para zika e chikungunya.”
Além da colocação de armadilhas, os trabalhadores que estiverem nas ruas terão um aplicativo para fazer a marcação, em tempo real, dos lugares com foco do mosquito. “As informações, de forma mais rápida, permitem que sejam desenvolvidas estratégias de controle de forma mais eficaz.”
A equipe tem dois anos para desenvolver a pesquisa. Depois, fica a critério da Prefeitura dar seguimento às ações, que também podem ser ampliadas para outros municípios.
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