Mutirão de limpeza em Monte Alverne visita mais de 600 residências

Apesar de todas as campanhas de combate ao Aedes aegypti realizadas anualmente, do trabalho diuturno de orientação feito pelos agentes de saúde e dos mais de cinco mil casos de dengue registrados em Santa Cruz do Sul no ano passado, ainda há muito a ser feito no que tange à conscientização da comunidade sobre a proliferação de mosquitos. Nesta terça-feira, 11, um mutirão de limpeza, organizado pela subprefeitura e pela ESF Pedro Eggler, em parceria com Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), percorreu cerca de 600 residências no distrito de Monte Alverne e encontrou garrafas pet reviradas nos pátios, pratinhos de plantas cheios de água e bromélias servindo como possíveis criadouros.

As visitas, que se concentraram na área urbana do distrito, começaram no início da manhã e se estenderam durante toda a tarde. Concomitante ao trabalho de orientação e eliminação de criadouros, um caminhão da subprefeitura ia passando pelas ruas e recolhendo os materiais que os moradores depositaram em frente às residências, conforme aviso dado dias atrás. Uma grande quantidade de pneus foi recolhida e só não foram levados vidros, pilhas, eletrônicos e materiais de construção. Devido ao volume, mais recolhimentos foram agendados para esta quarta-feira, 12.

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Caminhando sob o sol forte, já quase perto do meio-dia, a agente de combate a endemias Daniela Silveira Lopes contabilizava 29 visitas. Um dos últimos locais vistoriados por ela foi o Colégio Estadual Monte Alverne. Ao entrar no pátio do educandário, na companhia da vice-diretora Marta Elis Bergmann Kurtz, Daniela fez uma análise geral, forneceu orientações detalhadas e recolheu amostras que serão encaminhadas para exame laboratorial. A agente orientou para a retirada das garrafas pet utilizadas em uma horta desativada, que poderiam acumular água da chuva. Também sugeriu a retirada das bromélias e chamou a atenção para a quebra das folhas secas de um coqueiro, que estavam caídas no pátio, que, devido ao formato de canoa, poderiam se transformar em criadouro.

Atenta às orientações, a vice-diretora reconheceu a importância do trabalho de prevenção à dengue nas escolas. “Com esse calor forte é bem pior, os riscos aumentam e por isso esse trabalho das agentes é muito importante. São muitos detalhes que, no dia a dia, a gente nem percebe, não se dá conta”, disse ela.

A cada 15 dias a agente Daniela monitora, em Monte Alverne, os chamados pontos estratégicos, que são locais propícios para a proliferação do Aedes aegypti e que requerem monitoramento constante. Exemplos desses estabelecimentos são sucatas, borracharias e cemitérios. Por outro lado Daniela chama a atenção para a mudança nos hábitos do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. “Hoje encontramos larvas até mesmo em esgoto, não é mais só em água limpa. Nem sempre dá positivo para Aedes, mas dá para outro mosquito, então acaba sendo um foco de doença. Se todos cuidassem, isso não aconteceria”, alertou.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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