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combate à dengue

Mutirão de limpeza em Monte Alverne visita mais de 600 residências

Foto: Isabel Corralo

Apesar de todas as campanhas de combate ao Aedes aegypti realizadas anualmente, do trabalho diuturno de orientação feito pelos agentes de saúde e dos mais de cinco mil casos de dengue registrados em Santa Cruz do Sul no ano passado, ainda há muito a ser feito no que tange à conscientização da comunidade sobre a proliferação de mosquitos. Nesta terça-feira, 11, um mutirão de limpeza, organizado pela subprefeitura e pela ESF Pedro Eggler, em parceria com Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), percorreu cerca de 600 residências no distrito de Monte Alverne e encontrou garrafas pet reviradas nos pátios, pratinhos de plantas cheios de água e bromélias servindo como possíveis criadouros.

As visitas, que se concentraram na área urbana do distrito, começaram no início da manhã e se estenderam durante toda a tarde. Concomitante ao trabalho de orientação e eliminação de criadouros, um caminhão da subprefeitura ia passando pelas ruas e recolhendo os materiais que os moradores depositaram em frente às residências, conforme aviso dado dias atrás. Uma grande quantidade de pneus foi recolhida e só não foram levados vidros, pilhas, eletrônicos e materiais de construção. Devido ao volume, mais recolhimentos foram agendados para esta quarta-feira, 12.

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Caminhando sob o sol forte, já quase perto do meio-dia, a agente de combate a endemias Daniela Silveira Lopes contabilizava 29 visitas. Um dos últimos locais vistoriados por ela foi o Colégio Estadual Monte Alverne. Ao entrar no pátio do educandário, na companhia da vice-diretora Marta Elis Bergmann Kurtz, Daniela fez uma análise geral, forneceu orientações detalhadas e recolheu amostras que serão encaminhadas para exame laboratorial. A agente orientou para a retirada das garrafas pet utilizadas em uma horta desativada, que poderiam acumular água da chuva. Também sugeriu a retirada das bromélias e chamou a atenção para a quebra das folhas secas de um coqueiro, que estavam caídas no pátio, que, devido ao formato de canoa, poderiam se transformar em criadouro.

Atenta às orientações, a vice-diretora reconheceu a importância do trabalho de prevenção à dengue nas escolas. “Com esse calor forte é bem pior, os riscos aumentam e por isso esse trabalho das agentes é muito importante. São muitos detalhes que, no dia a dia, a gente nem percebe, não se dá conta”, disse ela.

A cada 15 dias a agente Daniela monitora, em Monte Alverne, os chamados pontos estratégicos, que são locais propícios para a proliferação do Aedes aegypti e que requerem monitoramento constante. Exemplos desses estabelecimentos são sucatas, borracharias e cemitérios. Por outro lado Daniela chama a atenção para a mudança nos hábitos do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. “Hoje encontramos larvas até mesmo em esgoto, não é mais só em água limpa. Nem sempre dá positivo para Aedes, mas dá para outro mosquito, então acaba sendo um foco de doença. Se todos cuidassem, isso não aconteceria”, alertou.

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