É fato que a indústria da música dos EUA valoriza e protege a produção nacional, tornando-se raros os casos de artistas não americanos que ganham holofotes em seus domínios. E não estamos falando de um mercado qualquer. Ainda hoje, o sucesso de um artista nos EUA é trampolim para que conquiste o restante do mundo.
Dentro desse cenário, a música pop sul-coreana – conhecida como K-pop – é responsável por um feito e tanto: ela furou o bloqueio e chegou à América. Os grandes responsáveis por isso? Os sete rapazes que fazem parte do fenômeno chamado BTS, a boyband número 1 do K-pop. No 61º Grammy (10/02), eles subiram ao palco para anunciar o melhor álbum de R&B, que foi levado por H.E.R.. O grupo marcou a história como o primeiro conjunto de L-pop no palco do Grammy, e prometeu: “Vamos voltar”.
O BTS concorreu na categoria de melhor pacote/arte de gravação pelo lançamento Love Yourself: Tear, mas o prêmio ficou com Masseduction, de St. Vincent Em tempos de redes sociais, o grupo sul-coreano foi expandindo seu acesso a públicos adolescentes e jovens para além da Ásia. Diante dos números impressionantes de visualizações dos clipes do BTS no YouTube, que atingem rapidamente a marca de milhões, a “mídia tradicional” norte-americana se viu obrigada a olhar com mais atenção para esses garotos e dar espaço a eles.
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O grupo foi capa da revista Time, deu entrevista em programas como The Ellen DeGeneres Show e The Tonight Show e discursou na Assembleia-Geral da ONU, falando sobre a importância do amorpróprio. Ainda no mercado americano, no ano passado, eles viram seu álbum Love Yourself: Answer no primeiro lugar em vendas e lideraram a lista da Billboard 200 com o disco Love Yourself: Tear. Isso sem contar a turnê com ingressos lotados que fizeram por países como EUA, Inglaterra e Brasil.
Em termos sonoros
O K-pop bebe na fonte do pop americano, mas mistura outros ritmos como hip-hop, pop-rock e electronic dance music. É difícil mensurar quantos grupos, masculinos e femininos, existem atualmente. Isso porque as três empresas sul-coreanas responsáveis por criar a fórmula lançam grupos como uma fabricação em série. Essas empresas que cuidam da carreira dos idols – como são chamados os integrantes dos grupos – são rígidas em relação à vida pessoal deles: não podem assumir namoros em público e precisam ter conduta irretocável.
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Made in Brazil
O glossário dos fãs de K-pop é bem específico. Quando lança o 1o clipe, o grupo não estreia: debuta. Aliás, não é clipe que se diz, mas, sim, MV (music video). Fundador da K.O. Entertainment, Lucas Jötten transformou a admiração pelo K-pop em negócios. A empresa dele, baseada em São Paulo, desenvolve eventos focados em cultura coreana e K-pop, além de produzir os grupos de B-pop High Hill (cuja música Não Sou Obrigada está na trilha da novela As Aventuras de Poliana, do SBT) e EVE, que se inspiram no K-pop.
PANTERAS
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Seguindo os passos do BTS na América, o Blackpink, formado por quatro garotas, será o primeiro girl group de K-pop a se apresentar no Coachella, em 20 anos de história do festival. O evento ocorre em abril, na Califórnia, e terá também em seu line-up artistas como Ariana Grande, Diplo e Janelle Monáe. Ainda sobre o quarteto sul-coreano, elas entraram na Billboard Hot 100 com o single Ddu-Du DduDu e fizeram parceria com a cantora e compositora britânica Dua Lipa.
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